Política

Eduardo Leite é eleito governador do Rio Grande do Sul

Candidato do PSDB leva a melhor sobre Ivo Sartori, que tentava a reeleição

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eleicoes-selo.pngAs eleições no Rio Grande do Sul definiram a vitória de Eduardo Leite (PSDB), com 53,62% dos votos. José Ivo Sartori (MDB) tentava a reeleição, mas teve o apoio de apenas 46,38% do eleitorado gaúcho. Os dois se manifestaram, recentemente, a favor de Jair Bolsonaro – o emedebista até chegou a se chamar de “Sartonaro”.

Eduardo Leite começou a carreira ainda jovem. Em 2008, venceu as eleições para Câmara dos Vereadores de Pelotas e, em 2012, para a Prefeitura local. Com apenas 27 anos, tornou-se o prefeito mais jovem da história da cidade. Em entrevistas recentes, Leite defendeu a privatização para reduzir os gastos do estado e aumentar a arrecadação.

Seu opositor, Ivo Sartori, enfraqueceu com escândalos de corrupção. Ele chegou a ser citado em uma das delações da JBS à Lava Jato. A pedido de Aécio Neves (PSDB), a empresa teria repassado um “crédito de propina” ano valor de 1,5 milhão de reais à campanha de Sartori em 2014.

No primeiro turno, Eduardo Leite registrou 35,9% dos votos, enquanto Ivo Sartori ficou com 31,1%.

Contexto

A alternância de poder tem se mostrado um fracasso no Rio Grande do Sul. Único estado a nunca reeleger um governador, os gaúchos enfrentam o parcelamento de salários, a retirada de direitos dos trabalhadores e ameaças de venda do patrimônio público em uma das gestões mais alinhadas à agenda de cortes sociais promovidas pelo governo de Michel Temer e comandada por José Ivo Sartori (MDB) em nível local.

O desmonte geral empreendido desde 2015 tem na área da segurança seu ponto mais dramático. Desde a entrada de Sartori, seis mil policias militares se aposentaram e somente 1,5 mil entraram para a corporação.

A fragilidade das forças de segurança reflete-se no aumento da violência, levantando inclusive rumores sobre a necessidade de intervenção, repetindo o ocorrido no Rio de Janeiro. A escalada colocou Porto Alegre entre as capitais mais perigosas em 2017, com 64,1 mortes violentas a cada 100 mil habitantes, conforme o Fórum Brasileiro de Segurança Pública.

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