Eleições 2022: DEM oferece a Alckmin controle da sigla em SP

As negociações causaram atrito com a direção estadual do partido, controlada pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite

O ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB). Foto: EBC

Apoie Siga-nos no

Na investida para filiar Geraldo Alckmin, o DEM ofereceu ao ex-governador o controle total da sigla em São Paulo. Caso decida trocar o PSDB pela legenda presidida pelo ex-prefeito de Salvador, ACM Neto, Alckmin poderá determinar como será a distribuição de recursos dos fundos partidário e eleitoral do DEM em São Paulo e terá a última palavra nas estratégias para uma futura candidatura ao governo paulista no ano que vem.

 

 

As negociações dos dirigentes nacionais do DEM com o ex-governador, no entanto, causaram atrito com a direção estadual do partido, controlado pelo presidente da Câmara Municipal de São Paulo, Milton Leite. O vereador não aceita a proposta de “porteira fechada” da sigla para atrair o tucano.

Em descompasso com a investida da direção nacional, os planos traçados pelo DEM estadual não incluíam Alckmin.


O partido está alinhado ao projeto desenhado pelo governador João Doria (PSDB) de lançar o atual vice-governador, Rodrigo Garcia, que deixou o DEM e se filiou ao PSDB há três semanas, como candidato ao Executivo. Ele confirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que pretende disputar o Palácio dos Bandeirantes, e conta com o apoio de Leite. Doria e Garcia prometeram a Leite que a vaga de vice-governador na chapa ou a candidatura ao Senado a um representante do DEM paulista.

A ideia de repassar o controle do DEM a Alckmin se vale do argumento de que o diretório estadual paulista é provisório, o que permitiria à Executiva Nacional impor decisões à direção paulista. Mas Milton Leite afirma que a legenda fez convenções locais em 2019 – que haviam eleito Rodrigo Garcia presidente estadual. A presidência, atualmente, é exercida pelo filho de Milton Leite, o deputado estadual Alexandre Leite.

Nos bastidores, tanto integrantes da direção nacional quanto da estadual do DEM falam em “judicializar” o caso se não houver uma solução.

 

Opções

Na direção estadual, a aposta é que uma eventual saída de Alckmin do PSDB só ocorra após as prévias da legenda tucana, se Garcia for o vitorioso.

Alckmin, que também é assediado pelo PSD de Gilberto Kassab, vem mantendo conversas com seu antigo vice, Márcio França (PSB), em um trabalho para reeditar a chapa vitoriosa nas eleições de 2014 ao governo de São Paulo.

Ao jornal O Estado de S. Paulo, entretanto, o tucano negou que planeje deixar o PSDB.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.