Com a mudança na legislação, que agora proíbe coligações nas eleições parlamentares, muitos partidos optaram em lançar candidatos ao executivo para fortalecer as bancadas no legislativo.
Não é o caso do PSTU, que disputa a prefeitura na capital paulista desde 1996, muitos antes da vigência da nova legislação.
Sem resultados significativos em eleições anteriores, neste ano, o partido escolheu Vera Lúcia como postulante ao cargo nas Eleições 2020.
Nas primeiras pesquisas, a candidata chegou a aparecer à frente de Jilmar Tatto (PT) nas intenções de voto. Resultado que surpreende, mas que é insuficiente, por enquanto, para torná-la viável eleitoralmente.
Contra tudo que está aí
Em seu programa de governo, Vera Lúcia diz que São Paulo precisa de uma revolução socialista.
E, para isso, não poupa ninguém de críticas: De Jair Bolsonaro, Mourão, Doria, e Covas a Erundina, PT, PCdoB e PSOL.
Sobram até para China, Cuba, Venezuela e Coreia do Norte.
Partido: PSTU
Vice: Professor Lucas
Coligação: –
“Nem os partidos burgueses (PSDB, MDB, PSL e outros) nem os partidos conciliadores (PT, PSOL e PCdoB) defendem uma ruptura com essa ordem social capitalista e corrupta”, diz o texto no site do partido.
Conciliação política não é uma alternativa para o partido. A aliança que almeja é com a classe trabalhadora.
“São os trabalhadores que produzem todas as riquezas. Mas as riquezas e o poder estão nas mãos dos ricos e dos grandes capitalistas. A única forma de acabar com a desigualdade social e a pobreza é com o fim do capitalismo, através de uma revolução socialista na qual os trabalhadores e trabalhadoras tomem o poder e estatizem as grandes empresas sob o controle dos trabalhadores”, escreve.
Vera Lúcia parece encarnar a frase “contra burguês vote 16” dita e repetida por Zé Maria, ex-candidato do partido à Presidência da República.
O bordão não proporcionou grandes conquistas à sigla, mas é lembrado por muitos até hoje.
Biografia
Natural de Inajá, em Pernambuco, Vera Lúcia tem 52 anos e foi candidata pelo partido à presidência da República em 2018, quando obteve pouco mais de 55 mil votos válidos.
Foi presidente estadual do PSTU no estado de Sergipe e candidata três vezes à Prefeitura de Aracaju.
É formada em Ciências Sociais em Sergipe e trabalhou como garçonete e datilógrafa. Integrou movimentos sindicais e estudantis. Foi filiada ao PT, de onde saiu para fundar o PSTU.
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