Política

“Ele sabe que conta comigo como um soldado”, diz Mourão sobre Bolsonaro

O vice-presidente negou mal-estar com Bolsonaro, após declaração que devia ter escolhido Luiz Philippe de Orleans e Bragança ao cargo

“Ele sabe que conta comigo como um soldado”, diz Mourão sobre Bolsonaro
“Ele sabe que conta comigo como um soldado”, diz Mourão sobre Bolsonaro
Mourão, vice-presidente (Foto: ABr)
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O vice presidente Hamilton Mourão negou que tenha chateado com a declaração do presidente Jair Bolsonaro de que se arrependeu da sua escolha ao cargo. Ao discursar para parlamentares do PSL para oficializar sua saída do partido, o presidente disse que deveria ter nomeado o deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança.

“Quando chegar lá, em 2022, se o presidente precisar de mim, ele sabe que conta comigo como um soldado da visão de país que ele tem. Se não precisar, muito bem também. Não tem problemas quanto a isso”, declarou Mourão ao em entrevista ao Estado de S. Paulo. E emendou: “Eu não sou o ator principal deste filme”.

Questionado se faria uma nova chapa com Bolsonaro em 2022, Mourão alegou ser cedo para pensar no assunto, no entanto, afirmou que o presidente sabe que pode contar com ele. “Quando chegar lá, em 2022, se o presidente precisar de mim… Ele sabe que conta comigo como um soldado da visão de país que ele tem. Se não precisar, muito bem também. Não tem problemas quanto a isso”.

O vice-presidente negou que tenha problemas com Bolsonaro e que a relação entre os dois segue dentro da normalidade. “Nossa relação é dentro daquilo que é um presidente e um vice-presidente: quando ele precisa da minha opinião, me consulta. Se minha opinião ele considera válida, ótimo. Se não considera, isso faz parte de qualquer processo decisório.”

Mourão preferiu não comentar a saída de Bolsonaro do PSL e a crise dele com o partido. Se limitou a dizer “não tenho nada a ver com isso”. Sobre os últimos acontecimentos polêmicos envolvendo o presidente e seus filhos, como o vídeo da hiena e a declaração de Eduardo Bolsonaro sobre um possível AI-5, o vice-presidente disse:

“Esse assunto já morreu. Teve a questão do vídeo, teve a questão do deputado Eduardo Bolsonaro… Mas, ao mesmo tempo, o ex-presidente (Luiz Inácio Lula da Silva ) chamou para o conflito, querendo transformar o Brasil num Chile. E não vi críticas a isso. Parece que o ex-presidente é um inimputável. Acho que está faltando ponderação em tudo”

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