Eduardo Cunha vai ao STF por suspensão de processos relacionados à Lava Jato

Manutenção dos processos estaria descumprindo a decisão de Dias Toffoli, argumenta a defesa

O Ex-deputado Eduardo Cunha. Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, pediu ao Supremo Tribunal Federal nesta sexta-feira 26  a suspensão dos processos baseados na delação do doleiro Lúcio Funaro.

A defesa de Cunha pede a suspensão das ações pautadas até que tenha acesso às conversas que vieram à tona durante a Vaza-Jato. As informações são do Estado de S.Paulo.

Segundo a defesa, a manutenção dos processos estaria descumprindo a decisão de Dias Toffoli, que determinou o acesso completo ao material da Operação Spoofing.

Eles argumentam que as conversas revelam que os procuradores da Lava Jato sabiam da falta de credibilidade do delator, utilizando-o para acusar Cunha de maneira falsa.

“Há situações que endossam a necessidade de determinar o acesso à integralidade dos dados da Spoofing, pois podem corroborar a utilização da delação de Funaro de forma ilegal com a finalidade de produzir falsas acusações contra Eduardo Cunha”, diz o documento.

Agora, o relator do caso, o ministro Dias Toffoli, que deve decidir pela suspensão ou não das ações de Cunha.


Cunha presidiu a Câmara dos Deputados entre fevereiro de 2015 e meados de 2016. Renunciou em julho de 2016 e foi acusado de ter mentido à CPI da Petrobras, quando afirmou não possuir contas no exterior.

No mesmo ano, foi preso no âmbito da Lava Jato. Em 2021, teve a prisão domiciliar revogada. Eduardo Cunha concorreu a uma cadeira na Câmara dos Deputados por São Paulo em 2022, mas não foi eleito.

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