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‘É preciso trabalhar para que a cor da pele deixe de definir o futuro dos jovens’, diz Lula na Celac

Discurso contra a desigualdade foi feito pelo brasileiro na abertura da Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos realizada na Argentina

Foto: Reprodução
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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) celebrou, nesta terça-feira 24, o retorno do Brasil à Cúpula dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e aproveitou parte do discurso de abertura do evento, realizado na Argentina, para pregar contra a desigualdade na região. Na declaração, o brasileiro pediu empenho dos pares para a proteção de povos originários e mais atenção ao debate racial.

“Nossa estratégia de desenvolvimento deve caminhar passo a passo com a redução da desigualdade em suas diversas dimensões”, destacou Lula ao que os presidentes latino-americanos e caribenhos trabalhem para garantir direitos fundamentais, como saúde, educação e trabalho.

Em seguida, o presidente reforçou que este empenho solicitado deve passar pela proteção aos povos originários e combate ao racismo na região. Na declaração, o presidente citou ainda a importância de se combater a violência de gênero, a pobreza e a fome.

“Para crescermos de maneira sustentável não podemos seguir ostentando índices inaceitáveis de pobreza e fome, nem tampouco conviver com a desigualdade e a violência de gênero que atingem metade de nossas populações”, destacou. “É preciso respeitar e proteger nossos povos originários – até hoje ameaçados e negligenciados”, completou em breve referência à crise sanitária enfrentada pelos yanomamis em Roraima.

“É preciso trabalhar para que a cor da pele deixe de definir o futuro de nossos jovens”, finalizou Lula sobre o tema.

Na pauta do petista nesta terça-feira, o fortalecimento das relações políticas e comerciais dos países da América Latina e do Caribe para reduzir a dependência da região de países como Estados Unidos e integrantes da União Europeia tornou a aparecer.

“Isso não significa que devemos nos fechar ao mundo. Salienta apenas que essa integração será feita em melhores termos se estivermos bem integrados em nossa região”, explicou Lula. “Temos de unir forças em prol de melhor infraestrutura física e digital, da criação de cadeias de valor entre nossas indústrias e de mais investimentos em pesquisa e inovação em nossa região”.

Ao citar o fortalecimento da região, o presidente brasileiro aproveitou ainda para agradecer o apoio recebido dos integrantes da Celac após os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília. Na declaração, criticou de forma dura o extremismo dos golpistas, anteriormente citado por Alberto Fernandez, presidente da Argentina e anfitrião do evento.

“Quero aqui aproveitar para agradecer a todos e a cada um de vocês que se perfilaram ao lado do Brasil e das instituições brasileiras, ao longo destes últimos dias, em repúdio aos atos antidemocráticos que ocorreram em Brasília”, afirmou. “É importante ressaltar que somos uma região pacífica, que repudia o extremismo, o terrorismo e a violência política”, acrescentou em seguida.

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