Política
“É óbvio que Temer operou impeachment de Dilma”, diz Maia
Sobre sua relação com Bolsonaro, Maia evitou fazer críticas e disse que o presidente vem fazendo um discurso mais conciliador


O presidente da Câmara dos deputados Rodrigo Maia participou, na tarde deste sábado 5, de um evento da revista Piauí em São Paulo. Ao ser questionado sobre o papel de Michel Temer no processo de impeachment da ex-presidente Dilma, Maia disparou: “É obvio que Temer operou o processo de impeachment da Dilma”.
“Ela ia cair de qualquer jeito, mas operar o processo pensando em cargos futuros pode gerar um governo com dificuldades”, completou Maia.
O assunto sobre o impeachment surgiu depois que Maia foi questionado se não foi covarde de se recursar a protocolar o impeachment de Temer. “Não tive medo nenhum, ao contrário. Nove em cada 10 políticos comandariam o impeachment, mas fiz o contrario. As ambições pessoais não podem estar acima do cargo.”
O deputado aproveitou a ocasião para elogiar o ex-presidente Temer, o qual ele classifica como um bom governo. “O governo do Michel fez muita coisa organizada, inclusive a agenda de reformas de Bolsonaro”.
Já sobre sua relação com Bolsonaro, Maia evitou fazer críticas e disse que o presidente vem adotando um tom mais conciliador. “Fomos gerando os limites? Nos últimos meses, o presidente vem fazendo um discurso mais conciliador. Ele viu que em uma democracia ele não consegue governar sozinho. precisa do Supremo, Congresso e instituições”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.