Política
Doria, Moro e Bolsonaro são os mais rejeitados em SP, diz pesquisa
71,4% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum no tucano. Na sequência, aparecem o ex-juiz com 60,1% e o atual presidente com 56,6%


Pesquisa do instituto Paraná, que mostra a liderança do ex-presidente Lula (PT) em São Paulo, aponta que os mais rejeitados no estado são o ex-governador João Doria (PSDB), o ex-juiz Sergio Moro (Podemos) e o presidente Jair Bolsonaro (PL).
De acordo com o levantamento, 71,4% dos entrevistados disseram que não votariam de jeito nenhum em Doria para presidente do Brasil. Na sequência, aparecem Moro com 60,1% e Bolsonaro com 56,6%. Ciro Gomes (PDT) não receberia o voto de 54,7% dos paulistas e o ex-presidente Lula de 48,6%.
O instituto entrevistou 1820 eleitores em 78 cidades paulistas. A margem de erro é de 2,3% para os resultados gerais.
Por outro lado, segundo a pesquisa, Lula tem 34,1% das intenções de voto contra 31% de Bolsonaro. Logo atrás, vem Moro, recém filiado ao União Brasil, com 9,7%, Ciro Gomes (PDT), com 4,2%, e o ex-governador João Doria, com 3,6%.
A senadora Simone Tebet (MDB), o deputado federal André Janones (Avante) e Luiz Felipe D’Avila (Novo) não chegaram a 1%.
Doria reconhece a rejeição
Em entrevista a CartaCapital na sexta-feira 1, o senador Alessandro Vieira (PSDB) afirmou que o ex-governador de São Paulo sabe que o seu principal desafio para se tornar um candidato competitivo é superar a alta rejeição.
“O desafio de Doria não é construir palanque”, afirmou o senador. “É superar uma rejeição pessoal muito elevada, sobre a qual ele tem total consciência. Eu conversei algumas vezes com Doria sobre esse tema. Ele sabe perfeitamente que tem um problema de rejeição para tratar e tem convicção de que consegue reverter isso.”
Na conversa, Vieira disse que a possível retirada do nome de Moro da disputa pela Presidência retrata a sua “falta de compreensão” de que a construção de uma candidatura desse porte deve ocorrer “em grupo”.
“Ninguém consegue ser candidato de si mesmo”, declarou. “Mesmo quando representa um sentimento de uma parcela significativa da população. É importante ter movimentos que reduzam a polarização e que abram espaço para nomes de consenso, mas tudo isso tem que ser devidamente articulado e construído.”
Veja a íntegra da pesquisa:
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