Política

Doria diz defender Moro mesmo ‘se algum erro foi cometido’

Governador de São Paulo defende que, mesmo com algum erro, ex-juiz ‘salvou o Brasil da corrupção’

Foto: Rovena Rosa/EBR
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O governador de São Paulo, João Doria Jr., afirmou mais uma vez seu apreço pelo ministro Sérgio Moro e o defendeu das acusações de parcialidade que sofre com os vazamentos de mensagens da Lava Jato. Para Doria, “o benefício daquilo que foi feito pela Operação Lava Jato para salvar o Brasil da corrupção” faz com que o ex-juiz mereça respeito.

“Tenho grande respeito pelo ministro e pelo ex-juiz Sergio Moro. E acho que, se algum erro foi cometido – isso ainda precisa ser apurado, dado que até o presente momento o vazamento desses áudios não são legais -, entendo que, mesmo assim, o benefício daquilo que foi feito pela Operação Lava Jato para salvar o Brasil da corrupção e de um extenso período que prejudicou milhões de brasileiros e assaltou os cofres públicos faz com que eu mantenha meu respeito por Sergio Moro”, disse.

A afirmação foi feita em entrevista concedida a BBC News Brasil. Para Doria, Moro foi isento em relação ao que era “justo e correto”. Não é a primeira vez que o ministro é elogiado pelo governador, que já chegou a condecorá-lo com a Medalha da Ordem do Ipiranga, a maior honraria do Estado de São Paulo, no dia 28 de junho.

“Se não fosse por este homem liderando um grupo de patriotas nos não teríamos trancafiado em prisões aqueles que usurparam e roubaram os brasileiros, inclusive em São Paulo, haja vista que o triplex é em São Paulo, o sítio também é em São Paulo. O início de um esquema criminoso foi em São Paulo”, disse Doria na cerimônia. Também acrescentou que o mundo precisava de “menos Lulas e mais Moros”.

Em Londres, para a BBC, Doria evitou cravar duras críticas ao governo Bolsonaro – com o qual disputa não somente um cenário eleitoral possível, embora negue, mas também a sede da Fórmula 1 no Brasil. Limitou-se a elogiar a condução da reforma da Previdência, e colocou-se contrário a exclusão dos estados e municípios das possíveis novas diretrizes federais.

Ao ser questionado se pretendia concorrer às eleições presidenciais de 2022, Doria disse que sua prioridade é “ser um bom governador de São Paulo”. Para concorrer ao atual cargo, no entanto, o governador deixou a prefeitura da capital paulistana com menos de 2 anos de governo. “É hora de gestão, não é hora de eleição”, afirmou à reportagem.

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