Dominguetti tenta envolver Luis Miranda em compra de vacinas; senadores suspeitam de ‘testemunha plantada’

'Tem que dar voz de prisão', afirmou Fabiano Contarato (Rede-ES); Renan Calheiros, relator da CPI da Covid, também questionou o PM

Foto: Edilson Rodrigues/Agência Senado

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O policial militar da ativa e suposto representante da Davati Medical Supply no Brasil, Luiz Paulo Dominguetti, reafirmou em depoimento à CPI da Covid nesta quinta-feira 1 a acusação de que o ex-diretor de Logística do Ministério Roberto Dias pediu propina de 1 dólar por dose de vacina.

O?feature=oembed" frameborder="0" allowfullscreen> canal de CartaCapital no YouTube transmite ao vivo a sessão.

 

 

Na oitiva, Dominguetti tentou envolver o deputado federal Luis Miranda (DEM-DF), que depôs à comissão na última sexta-feira 25. O suposto vendedor de vacinas exibiu um áudio em que Miranda trata da compra de algum produto. Após o episódio, a CPI determinou a apreensão do celular de Dominguetti.


A jornalistas, Miranda se defendeu com o argumento de que a gravação é antiga e se refere a uma negociação para compra de luvas. Segundo o deputado, o áudio foi enviado em 15 de outubro de 2020. “Resta saber quem plantou esse cara na CPI”, disse Miranda.

Logo após ser citado, Luis Miranda se dirigiu ao Senado e disse que mandaria “prender ele [Dominguetti] agora”.

Dominguetti disse à CPI ter sido apresentado a Roberto Dias pelo coronel da reserva do Exército Marcelo Blanco.

“Na verdade, o coronel Blanco já vinha há dias fazendo essas tratativas entre a Davati com Roberto Dias. Eu não tinha o contato, nunca conversei com o Roberto Dias por telefone, por WhatsApp… As tratativas eram (entre) Roberto Dias, o Blanco e o Cristiano, CEO da Davati. Até que o coronel Blanco sugeriu uma vinda minha e do Cristiano a Brasília para se tratar especificamente dessa aquisição”, detalhou.

Senadores da CPI da Covid lançaram dúvidas sobre as motivações de Dominguetti. “Essa testemunha foi plantada. Está em situação flagrancial do artigo 342. Tem que dar voz de prisão”, defendeu Fabiano Contarato (Rede-ES).

O relator, Renan Calheiros (MDB-AL), também questionou o policial militar. “O depoente traz um áudio com mazelas que poderiam envolver Luis Miranda. Em nome do quê? A CPI não vai aceitar este tipo de coisa”, disse.

 

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