Política

Dirigente do PSL revela detalhes sobre caixa 2 de ministro do Turismo

A vice-presidente regional da legenda em MG prestou depoimento à PF contando detalhes do esquema da campanha de Marcelo Álvaro Antonio

O presidente Jair Bolsonaro e ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio. (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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A vice-presidente do PSL em Conselheiro Lafaiete, a cerca de 100 km de Belo Horizonte, prestou um depoimento à Polícia Federal relatando esquema de caixa 2, no qual o ministro Marcelo Álvaro, do Turismo, é investigado.

Ivanete Maria da Silva Nogueira contou que gastos de campanha do ministro para deputado federal em Minas Gerais foram pagos por meio de dinheiro vivo entregue a ela dentro de uma caixa branca da grife Lacoste a dois dias da eleição de 2018.

No depoimento, divulgado pela Folha de S. Paulo, Ivanete conta que um assessor do ministro não quis receber os recibos dos serviços prestados. De acordo com as investigações, nenhum desses casos figura na prestação de contas entregue à Justiça pelo ministro ou pelo PSL.

Os depoimentos de Ivanete fazem parte do inquérito e agora estão com a Promotoria e com a Justiça de Minas – que decretou segredo de Justiça sobre o caso.

Ivanete afirmou que contratou vários panfleteiros para as campanhas de Álvaro Antônio e de Celton Mesquita, candidato a deputado estadual. Ela entrou em contato com Jandir Vieira Siqueira, então assessor de Álvaro Antonio, após as eleições, “para entregar os recibos do pessoal que havia trabalhado na campanha de Marcelo, mas Jandir disse que não precisava e que estava tudo ok. […] Depois disso, Jandir não atendeu mais as ligações”.

Novo inquérito contra ministro

Nesta semana, a Polícia Federal defendeu a abertura de uma nova investigação sobre o caso, mais especificamente sobre a candidatura do ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio.

Se for aceita a nova investigação, Marcelo será o foco principal e seu caso seguirá separado de outras análises. Segundo revelou o jornal Folha de S.Paulo no domingo 6, um depoimento de um ex-assessor e planilhas apreendidas pela Polícia Federal sugerem que dinheiro do esquema de candidaturas de fachada do PSL em Minas Gerais foi desviado para abastecer, por meio de caixa 2, campanhas do presidente Jair Bolsonaro e do ministro do Turismo.

Na noite desta segunda-feira 7, o ministro afirmou que “quem não deve, não teme” e por isso continuava no cargo, Bolsonaro também negou a saída de Marcelo do governo.

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