Política

Dirceu defende aliança do PT com partidos de direita para derrotar Bolsonaro

O ex-ministro apontou uma plataforma mínima que, segundo ele, uniria lideranças de diferentes correntes ideológicas

José Dirceu
O ex-ministro José Dirceu. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil José Dirceu. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ex-ministro José Dirceu defendeu na sexta-feira 18, durante comemoração de seu aniversário de 76 anos em Brasília, que o ex-presidente Lula se alie a partidos de direita para derrotar o presidente Jair Bolsonaro na eleição de outubro.

No evento, o petista ainda afirmou que a participação do ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin na chapa de Lula ajudará a “virar a página do bolsonarismo” e “retomar o caminho democrático, além de resgatar o combate à desigualdade e à pobreza”.

“Todos aqueles que querem votar no Lula e acreditam que o Brasil precisa virar a página do bolsonarismo devem ser acolhidos. Devemos caminhar juntos na eleição e no governo”, disse. “Isso não significa que teremos as mesmas opiniões sobre as mudanças que o Brasil precisa”.

Para ele, o ex-tucano, que anunciou ontem a sua filiação ao PSB, vai colaborar com o resgate da “consciência que um país rico como o Brasil não pode ter o povo empobrecendo, o desemprego aumentando e a fome batendo na porta do trabalhador”.

“Um programa democrático e social representa a aliança de Lula com Alckmin”, avaliou.

O ex-ministro apontou uma plataforma mínima que, segundo ele, uniria partidos e lideranças de diferentes correntes ideológicas.

“Estamos de acordo a não ter violência, não ao armamentismo, não ao negacionismo e ao obscurantismo, não à exploração religiosa, não ao ataque à cultura e educação e não ao autoritarismo”, expôs. “Essa plataforma mínima une brasileiros de diferentes partidos”.

Questionado, Dirceu negou que fará parte de um eventual governo do PT, mas admitiu que pretende colaborar como “cidadão e militante”.

“Nosso papel é mobilizar e organizar o povo a apoiar o Lula para que ele faça as reformas que o País precisa”, declarou.

Na conversa, o petista reconheceu ser difícil uma vitória do seu partido no primeiro turno e destacou a importância de se renovar o Congresso.

“Para fazer mudanças que o Brasil precisa, com revolução energética, ambiental e social, precisamos de apoio popular”, afirmou. “Não basta eleger o Lula, é preciso renovar e mudar o Congresso Nacional”.

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