Política

Dinheiro para plano golpista foi obtido com ‘pessoal do agronegócio’, aponta PGR

O valor de 100 mil reais foi solicitado pelos ‘kids pretos’ e entregue em uma sacola de vinho pelo ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto, afirma denúncia

Dinheiro para plano golpista foi obtido com ‘pessoal do agronegócio’, aponta PGR
Dinheiro para plano golpista foi obtido com ‘pessoal do agronegócio’, aponta PGR
O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Evaristo Sá/AFP
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Em sua denúncia enviada ao Supremo Tribunal Federal, o Procurador-Geral da República, Paulo Gonet, apontou que o agronegócio foi responsável por financiar o plano golpista para manter o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no poder.

O documento foi enviado ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, nesta terça-feira 18. Gonet citou que o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, disse em sua delação premiada que, segundo o general Walter Braga Netto, os recursos vieram do agronegócio.

“Dois dias após esta reunião, o Coronel Oliveira entrou em contato com o colaborador solicitando dinheiro para realizar as operações […] O General Braga Netto afirmou à época que o dinheiro havia sido obtido junto ao pessoal do agronegócio“, diz o documento.

O valor de 100 mil reais foi solicitado pelos ‘kids pretos’ e entregue em uma sacola de vinho pelo ex-ministro da Defesa Walter Braga Netto.

“O colaborador Mauro Cid não precisava nem mesmo pormenorizar o conteúdo do arquivo ‘Copa 2022’. Os fatos que se seguiram não deixam dúvidas de que a operação visava à neutralização do Ministro Alexandre de Moraes“, afirmou Gonet.

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