Política

Dilma segue distante da popularidade pré-manifestações

Em novembro, a aprovação da presidenta e de seu governo oscilou para cima dentro da margem de erro da pesquisa

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Depois de perder 23 pontos de sua avaliação positiva e 24,4 pontos de sua aprovação pessoal com as manifestações populares que tomaram o país em junho, a presidenta Dilma Rousseff pode ter parado de recuperar sua imagem. Na pesquisa CNT/MDA de setembro, Dilma teve uma melhora significativa, mas no novo levantamento, divulgado nesta quinta-feira 7, a oscilação positiva foi pequena e ficou dentro da margem de erro da pesquisa.

Segundo os dados, em novembro a avaliação positiva do governo Dilma foi de 39% (sendo 8% de “ótimo” e 31% de “bom”), enquanto 37,7% dos entrevistados disseram que o governo é regular e 22,7%, que é ruim ou péssimo. Em setembro, 38,1% avaliavam o governo de forma positiva, um salto diante dos 31,3% da pesquisa de julho, realizada depois das manifestações. Antes dos protestos, Dilma tinha 54,2% de avaliação positiva, 15 pontos percentuais acima do índice de hoje.

Na aprovação pessoal do desempenho de Dilma, a situação é parecida. Antes dos protestos, 73,7% dos eleitores diziam aprovar o desempenho pessoal da petista. Em julho, depois dos protestos, o índice despencou para 49,3%. Em setembro, subiu para 58% e, na nova pesquisa, foi a 58,8%, diferença dentro da margem de erro da pesquisa. Também em novembro, 38,9% dos entrevistados dizem reprovar a atuação de Dilma, índice próximo ao de setembro (40,5%) e muito superior aos 20,4% verificados antes dos protestos de junho.

Expectativas

O levantamento CNT/MDA pesquisou as expectativas dos eleitores para os próximos meses com relação a cinco áreas: segurança pública, emprego, renda mensal, saúde e educação. A única área em que a perspectiva pessimista supera a otimista é a segurança pública: 29,3% dizem que a segurança vai piorar, enquanto 27,7% preveem melhora.

A área com mais otimistas é o emprego: 38,3% esperam melhora nos próximos meses. Em seguida aparecem renda mensal própria (35,4%), saúde (35%) e educação (35%).

 

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