Mundo
Dilma se solidariza com Cristina Kirchner: ‘Vítima de perseguição política’
O Ministério Público pediu 12 anos de prisão e a inelegibilidade perpétua para qualquer cargo público da vice-presidenta da Argentina


A ex-presidenta Dilma Roussef manifestou apoio, nesta terça-feira 23, à vice-presidenta da Argentina, Cristina Kirchner. Em publicações nas redes sociais, a petista disse que Kirchner é vítima de ‘mais um ato brutal de lawfare e perseguição política’.
A vice-presidenta é acusada de liderar uma quadrilha que desviou cerca de 1 bilhão de dólares por meio de obras públicas pelos quais o Ministério Público pediu 12 anos de prisão e a inelegibilidade perpétua para qualquer cargo público.
Dilma argumentou que as supostas irregularidades teriam ocorrido há mais de 15 anos e ‘jamais foram provadas’. “Seu direito à defesa foi violado, com o abusivo acréscimo de acusações que nunca haviam sido feitas”, apontou, ao acrescentar que nenhum tribunal da Argentina considerou válidas as acusações contra Kirchner. “Trata-se de pura perseguição judicial e midiática. É o método que a extrema direita adota no continente para interditar líderes que vivem no coração do povo”.
Estima-se que a sentença contra Kirchner, pedida pelo promotor argentino Diego Luciani na segunda-feira 22, seja cumprida até o final do ano. Na decisão, também consta o pedido de confisco de 5,3 milhões de pesos da vice-presidente.
Manifesto minha mais incondicional solidariedade à vice-presidenta da Argentina e presidenta do Senado deste país irmão, @CFKArgentina. Cristina Kirckner é vítima de mais um ato brutal de lawfare e de perseguição política. (segue o fio)
— Dilma Rousseff (@dilmabr) August 23, 202
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.