Política

Dilma critica dependência do dólar e defende medidas para países em desenvolvimento

Ex-presidenta discursou nesta segunda-feira em um evento paralelo ao G20

Dilma critica dependência do dólar e defende medidas para países em desenvolvimento
Dilma critica dependência do dólar e defende medidas para países em desenvolvimento
A ex-presidenta Dilma Rousseff. Crédito: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

A presidenta do Banco dos Brics, Dilma Rousseff, criticou o uso do dólar como “papel de reserva internacional”. Em discurso nesta segunda-feira 22 em um evento paralelo ao G20, Dilma defendeu ainda medidas para países em desenvolvimento.

“Há uma dicotomia, que é o fato de o dólar ser uma moeda doméstica, nacional, e cumprir um papel de reserva internacional”, disse no evento “States of the Future”.

A ex-presidenta brasileira identificou ainda o financiamento como uma barreira para os países em desenvolvimento enfrentarem as crises em todas as áreas e ao mesmo tempo atingirem os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), definidos pelas Nações Unidas.

“As condições globais de financiamento, além de reduzidas, são proibitivas, devido aos riscos cambiais e às taxas de juros elevadas praticadas nas economias centrais que colocam em risco a estabilidade financeira”, destacou.

Dilma afirmou que apesar dos frequentes apelos e promessas de apoio ao desenvolvimento sustentável, faltam ações concretas para de forma efetiva garantir o enfrentamento dos desafios urgentes, como a mudança climática e a imensa desigualdade “que assola nossos países e atinge de forma mais contundente os países mais pobres”.

A ex-presidenta criticou ainda a defesa de um Estado mínimo e as políticas neoliberais. “O denominado pensamento único, que construiu uma falsa oposição entre Estado e mercado e impôs ao Sul Global o preconceito contra a atuação do Estado, vem sendo questionado pela própria atuação das economias desenvolvidas, que têm adotado políticas para fazer desenvolver sua própria industrialização”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo