Política

“Diálogos Capitais” debate oportunidades de investimento no Maranhão

Abertura do evento sobre o Consórcio Nordeste contou com discurso do vice-governador do Estado, Carlos Brandão

O vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão. (Foto: CartaCapital)
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Os desafios do Consórcio Nordeste e a geração de oportunidades de investimento no estado do Maranhão viraram tema de debate no evento “Diálogos Capitais”, realizado por CartaCapital nesta sexta-feira 25 na capital São Luís.

Economista e consultor editorial de CartaCapital, Luiz Gonzaga Belluzzo discursou na abertura do evento. O professor prestou homenagens ao estado e saudou os projetos de desenvolvimento da região.

“A iniciativa do Consórcio Nordeste me comove particularmente, porque é um sinal de que ainda estamos dispostos à construção. É um ato de esperança e respeito pela capacidade humana de criar na frente”, disse Belluzzo. O professor lançou, neste ano, o livro “A escassez na abundância do capitalismo”, pela editora Contracorrente, em parceria com o professor Gabriel Galípolo.

Em seguida, o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, anunciou as iniciativas da administração do Estado para atrair investimentos e melhorar a assistência social para a população. Brandão representou o governador Flávio Dino, que está presente no Sínodo da Amazônia, em Roma, na Itália, junto com outros governadores da Amazônia Legal.

Brandão fez uma síntese de uma série de providências adotadas pelo governo desde quando perceberam que o país entrava em crise econômica, nos anos recentes. O governo Dino está no segundo mandato, eleito em 2014 e reeleito em 2018.

Segundo o vice-governador, os setores prioritários do governo são saúde, educação e infraestrutura. Uma das principais medidas do governo para melhorar o serviço de saúde foi a construção de 10 hospitais.

Na educação, ele divulgou a criação do programa Bolsa Escola, que consiste na complementação de renda às famílias maranhenses, com o objetivo de garantir condições mais adequadas para a frequência na escola. Cada criança ou adolescente que se enquadre no perfil do programa recebe o valor de 51 reais, benefício concedido por meio de um cartão magnético do tipo débito. Mais de 1,1 mil alunos são beneficiados com investimentos que ultrapassam 50 milhões de reais anuais.

Além disso, o governo maranhense prioriza a valorização do salário dos professores. De acordo com o vice-governador, enquanto o piso salarial no Brasil é de, em média, 2,7 mil reais, os educadores do Estado recebem, no mínimo, 5,7 mil reais.

A construção de escolas profissionalizantes, escolas de tempo integral e da Universidade Estadual da Região Tocantina do Maranhão (UemaSul, a segunda instituição de ensino superior do Estado), são alguns dos itens que levaram os maranhenses saltarem de 22º lugar para 13º no ranking do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O vice-governador também cita o programa “Cidadão do Mundo”, em que mais de 500 jovens recebem a oportunidade de estudar no exterior para aprender inglês, espanhol e francês.

No quesito infraestrutura, o Maranhão está dedicando grandes esforços. A começar pela pavimentação de rodovias federais e estaduais, pelo programa “Mais Asfalto”: a malha rodoviária estadual é de 7 mil quilômetros e a federal, 3 mil quilômetros. Com o projeto, o governo do Estado foi responsável pela pavimentação de 2,5 mil quilômetros de estrada e cerca de 2 mil quilômetros foram alvo de investimentos pela administração Dino com fins de reconstrução.

Com localização geográfica diferenciada, o Estado é ideal para a instalação de portos. Brandão citou a construção do Porto São Luís, que deve ficar pronto em 2020. Ele explica que o complexo portuário maranhense tem vantagens por estar mais próximo de mercados consumidores da Europa e dos Estados Unidos, e, utilizando o canal do Panamá, há ainda proximidade com a Ásia.

“Temos uma situação extremamente favorável para importar e exportar”, afirma o vice-governador. Ele falou ainda sobre a construção de três ferrovias nesses portos. Um diálogo com investidores chineses pode permitir que o Estado construa uma empresa siderúrgica, adianta Brandão.

O evento apresenta duas mesas de debate, com os temas “Logísticas integradas: desafios e oportunidades” e “Energias limpas: o Nordeste sustentável”. Participam das discussões o secretário de Infraestrutura do Maranhão, Clayton Noleto, o presidente do Porto do Itaqui, Ted Lago, o diretor regulatório da Rumo Logística, Guilherme Penin, o diretor de Planejamento e Integração da VLI, Rodrigo Ruggiero, o secretário de Indústria e Comércio do Maranhão, Simplício Araújo, e o diretor regulatório da empresa Eneva, Damian Popolo.

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