O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira 09 que a reforma administrativa deve gerar cerca de 300 bilhões de reais de cortes de gastos em 10 anos, mas, ao mesmo tempo, defendeu o aumento do teto salarial para o funcionalismo – estabelecido hoje em 39,2 mil reais.
Segundo Guedes, a progressão de salários dentro do funcionalismo público até chegar no valor máximo, que é o mesmo recebido por ministros do Supremo Tribunal Federal, segue uma lógica “quase socialista” e não incentiva “a meritocracia”, em sua visão.
“Nós deveríamos ser mais meritocráticos nisso. A Presidência da República, o Supremo, têm que receber muito mais do que recebem hoje, pela responsabilidade do cargo, pelo peso das atribuições, pelo mérito em si para poder chegar a uma posição dessas”, argumentou o ministro no evento virtual.
“Eu acho um absurdo os salários da alta administração brasileira, acho que são muito baixos. Muita gente preocupada com o teto, a minha preocupação é ao contrário”, disse. “É uma distribuição quase socialista. A dispersão de salário entre um salário do Supremo e um recém-egresso na carreira do Judiciário é ridiculamente baixa. Não pode haver essa dispersão tão baixa. Isso é uma negação de toda a meritocracia que existe ao longo dessa carreira”.
De acordo com o ministro, a estimativa de economia considera a reforma como foi enviada ao Congresso Nacional, ainda sem alterações que poderão ser feitas pelos parlamentares. Também foi considerada a taxa de reposição de servidores que se aposentam de 60% ou 70% e a redução de salário de entrada no serviço público.
*Com informações da Agência Brasil
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