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Devastação verde-oliva

Ambientalistas opõem-se à construção de uma escola de sargentos em área preservada de Mata Atlântica

Resistência. Carol Vergolino, Herbert Tejo e Ivan Moraes apontam um local alternativo para a obra, já desmatado – Imagem: Anderson Stevens
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Em meio aos eventos climáticos extremos do momento, com ondas de calor em vários estados, secas severas no Norte e Nordeste e chuvas torrenciais no Sul do País, uma área de 130 hectares de Mata Atlântica em Pernambuco poderá ser transformada em um megacomplexo militar que o Exército pretende construir para abrigar uma escola de sargentos. O local faz parte da Área de Proteção Ambiental Aldeia-Beberibe, na Região Metropolitana do Recife, o que vem provocando reação de ambientalistas, a alegarem que a obra fere a legislação ambiental e contribui para a devastação de um bioma quase extinto. O Exército nega qualquer irregularidade e diz que haverá uma compensação pelo desmatamento. Interessado no projeto, o governo pernambucano ofereceu uma contrapartida que inclui desde a ampliação de estradas até a realização de obras de saneamento.

A ideia do projeto é centralizar em um só local a formação de sargentos de todo o País, hoje pulverizada em vários estados. A obra inclui um centro escolar para receber mais de 2 mil alunos, um parque de tiros, uma vila olímpica, um hotel de trânsito e duas vilas militares com 24 prédios residenciais, totalizando 576 apartamentos para abrigar as famílias dos alunos. O empreendimento foi estimado em 1,8 bilhão de reais, incluindo 110 milhões de contrapartida do governo do estado. A expectativa é de que mais de 6 mil pessoas frequentem o local diariamente.

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