O desmatamento na Amazônia é 96% maior em setembro de 2019, em comparação com setembro de 2018, segundo revelou o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), nesta sexta-feira 11.
O salto foi registrado pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), mecanismo de monitoramento em tempo real que alerta os índices de desmate ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama).
Dados da plataforma mostram que a devastação subiu 92,7% entre janeiro e setembro deste ano, em relação ao mesmo período no ano anterior. Foram 7.854 km² destruídos nos primeiros nove meses de 2019, enquanto 2018 registrou 4.075 km² de desmate.
Os meses de julho, agosto e setembro do ano de estreia do governo de Jair Bolsonaro (PSL) foram críticos na temática ambiental. O Inpe divulgou que, no sétimo mês do ano, houve aumento de 278% na destruição da floresta, em comparação ao mesmo mês em 2018. A revelação resultou na demissão do então diretor do instituto, Ricardo Galvão.
Apesar dos números, o ministro Ricardo Salles nega que o governo seja responsável por medidas de desmonte ambiental no País. Em evento a empresários em São Paulo, realizado em 9 de setembro, Salles rebateu críticas à conduta do Palácio do Planalto em relação à Amazônia.
“Essa imagem é absolutamente irrealista, os fatos não sustentam essas versões. Não houve nenhuma medida de desmonte ambiental. O Brasil segue fazendo todas as medidas de cuidado que antes fazia”, disse o ministro.
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