Desapropriações e alteração de terminal: o plano de Tarcísio para mudar a sede do governo de SP

O governo paulista anunciou as diretrizes para transferir sua sede administrativa do Morumbi para a região central da capital

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Foto: Marcelo S. Camargo/Governo do Estado de SP

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O governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos) anunciou, nesta quarta-feira 27, o plano para iniciar a transferência de sua sede administrativa do Morumbi para a região central da capital de São Paulo.

A nova sede será na região de Campos Elíseos, com a construção de 12 prédios para receber o gabinete do governador e as 28 secretarias da gestão estadual. Além disso, o plano prevê a realocação do Terminal Princesa Isabel e a desapropriação de 230 imóveis residenciais do entorno.

Segundo o governo, haverá um investimento de 500 milhões de reais nas desapropriações e as famílias impactadas serão ressarcidas por indenizações ou projetos habitacionais, nos quais seriam cadastradas com prioridade.

Projeção da nova sede do Governo de SP no Centro da capital paulista. Créditos: Foto: Divulgação/GESP

Como a Praça Princesa Isabel pertence à gestão municipal, o prefeito Ricardo Nunes (MDB) enviou um projeto à Câmara que prevê a doação da área ao governo estadual.

Tarcísio também assinou uma Declaração de Utilidade Pública, com validade de cinco anos, para dar ao poder público o direito de desapropriar a área em torno do Palácio dos Campos Elíseos, na região central, atual sede do Museu das Favelas, e transformá-la em zona de interesse público, para que só possa ser usada no projeto da nova cidade administrativa.


“Vamos trazer uma série de equipamentos pra cá (Centro), para que as pessoas voltem a circular por aqui”, alegou o governador.

Também nesta quarta, o governo lançou um concurso para escolher o projeto arquitetônico a ser aplicado na nova sede administrativa e que pode custar até 24 milhões de reais. O pontapé inicial da licitação, segundo o secretário especial de Projetos Estratégicos do estado, Guilherme Afif Domingos, deve ocorrer ainda neste ano.

Os novos prédios devem começar a ser erguidos em março de 2025, com previsão de entrega para 2028, já na próxima gestão estadual.

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1 comentário

Santiago Artur Wessner 28 de março de 2024 04h27
Sou plenamente a favor de que a sede do Governo retorne ao Centro, de onde jamais deveria ter saído. Porém entendo que não seja necessário que se construa uma mini Brasília pra isso. Além do próprio Palácio Campos Eliseos que voltará a sediar o gabinete do governador, há inúmeros imóveis nas proximidades do Palácio, e em outras áreas do Centro, pertencentes ao Estado e que encontram-se hoje sub-utilizados e até vazios. E que seriam ideais para abrigar as diferentes secretarias de governo, o que aliás propiciaria movimento e revitalização em diferentes localidades da região Central num saudável efeito multiplicador. Sem a necessidade de que se desaproprie imóveis particulares, e sem precisar remover os vários comércios e as muitas residências ali já estabelecidos - e que bravamente sobreviveram à degradação que tanto atingiu essa região nas últimas décadas.

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