Os deputados Soraya Santos e Dr. Serginho, do PL do Rio de Janeiro, receberam mais de 2 milhões de reais de recursos destinados a um “projeto” da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ) para contratação de cabos eleitorais fantasmas. A denúncia é do site UOL.
De acordo com os dados disponibilizados pelo Tribunal de Contas do estado, que investiga o caso, o projeto fictício contou com valor bruto total de 23.736 milhões de reais e a suposta participação de 394 pessoas.
De acordo com o portal, os parlamentares receberam até 26 mil reais por mês durante a campanha para impulsionar a reeleição.
Os deputados são próximos da primeira-dama, Michelle Bolsonaro e do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ). Dr. Serginho foi secretário de Ciência e Tecnologia na gestão do governador Cláudio Castro (PL). A pasta que tem sob seu guarda-chuva a Uerj e a Faetec, que teriam sido usadas no esquema.
A apuração revela que ao menos 45 contratados pela universidade têm ligação com o Dr. Serginho e Soraya Santos. Cinco dos seis entrevistados pela reportagem disseram não saber de nenhum trabalho na Uerj, porém, todos afirmaram ter apoiado informalmente ou trabalhado para as campanhas eleitorais dos deputados do PL.
Além do TCE-RJ, os ministérios públicos Estadual e Eleitoral também investigam o caso. Se comprovado, a irregularidade pode resultar em ações de improbidade administrativa e até em perda de mandato.
Os parlamentares dizem desconhecer o projeto da Uerj e afirmam não ter indicado ninguém. A universidade também nega irregularidades.
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