Política

Deputado do PL é preso pela Polícia Federal no Espírito Santo

Capitão Assumção usa tornozeleira eletrônica desde 2022 por supostamente ter participado de atos antidemocráticos e das milícias digitais; a prisão foi motivada por descumprimento de medidas cautelares

Deputado do PL é preso pela Polícia Federal no Espírito Santo
Deputado do PL é preso pela Polícia Federal no Espírito Santo
Capitão Assumção (PL-ES). Foto: Lucas S. Costa/Assembleia Legislativa do Espírito Santo
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A Polícia Federal prendeu, na noite desta quarta-feira 28, o deputado estadual Capitão Assumção, do PL do Espírito Santo. A informação foi confirmada pela assessoria do político e pelo senador Magno Malta, que comanda o partido no estado.

A prisão foi motivada por um pedido do Ministério Público do Espírito Santo, que alega descumprimento de medidas cautelares. Assumção, importante citar, usa tornozeleira eletrônica desde 2022 e está proibido de deixar o estado, não pode conceder entrevistas ou usar as redes sociais. Ele teria descumprido, segundo o MP, todas essas determinações.

Tanto Malta, quanto a assessoria do parlamentar, porém, disseram desconhecer o motivo da ação policial. Em nota e publicações nas redes sociais, o presidente estadual do PL disse apenas considerar a ordem de prisão uma ‘violação do estado democrático’.

Assumção, segundo relatou Malta a diferentes veículos de imprensa, teria sido preso dentro de uma igreja. A informação, porém, também não foi confirmada pela PF. Ele está preso em uma cela individual no presídio militar, em Vila Velha, capital do estado.

Quem é o deputado

Capitão Assumção é policial militar e está no segundo mandato como deputado estadual. Ele foi o segundo mais votado no último pleito, em 2022. Assumção faz parte da ala intimamente ligada ao bolsonarismo no PL.

O militar é também velho conhecido da PF e desde dezembro de 2022 usa tornozeleira eletrônica, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. Pesa contra ele as fortes suspeitas de participação nas milícias digitais e em atos antidemocráticos.

Ele teria integrado um esquema de ataque digital aos ministros do Supremo e divulgação de fake news. É monitorado desde então.

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