Política

Deputado bolsonarista desafia Dino a apreender sua arma: ‘Vem se você é homem’

Gilvan da Federal esteve em ato da extrema-direita em Brasília

O deputado federal Gilvan, do PL. Foto: Reprodução
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O deputado federal Gilvan da Federal (PL-SP) desafiou o ministro da Justiça, Flávio Dino, a apreender a sua arma de fogo, durante um discurso em um ato da extrema-direita em Brasília, no domingo 9.

Conforme mostra um vídeo publicado pelo jornal O Globo nesta segunda-feira 10, o parlamentar fez referência a uma declaração do deputado federal Sargento Fahur (PSD-PA), que teve xingamentos e ameaças ao ministro, em fevereiro deste ano.

“Esse ministro da Justiça não representa a Polícia Federal, não representa o povo brasileiro. Um ministro da Justiça que vai em uma comunidade dominada por uma facção, sem trocar tiro. Em comunidade dominada só sobe trocando tiro ou com autorização. E eu digo como o sargento Fahur: Flávio Dino, vem tomar minha arma se você é homem. Vem tomar minha arma”, afirmou Gilvan da Federal.

Não é a primeira vez que o deputado do PL dirige declarações hostis a Dino. Em abril, quando o ministro compareceu a uma audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, Gilvan da Federal teve comportamento semelhante e participou de um bate-boca.

“A maioria dos deputados aqui, da direita, que o senhor já chamou de aloprados, ligados a milicianos, se nós subirmos uma comunidade, dominada por uma facção criminosa, nós vamos tomar tiro, mas nós vamos dar tiro também”, afirmou Gilvan na ocasião, referindo-se a uma agenda de Dino na Favela da Maré.

No mesmo mês, o deputado bolsonarista foi ao plenário da Câmara e chamou Dino de “ministro trans”.

“O ministro da Justiça é um mentiroso”, declarou. “É uma vergonha esse ministro. E ainda digo: temos o primeiro ministro da Justiça trans, porque ele se sente um ótimo ministro, mas não é.”

No ato do domingo 9, Gilvan estava ao lado do colega de partido Eduardo Bolsonaro (SP), que chegou a comparar “professores doutrinadores” a traficantes de drogas. O Ministério da Justiça ordenou que a Polícia Federal analise as declarações do filho de Jair Bolsonaro.

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