Política

Deputado aciona o TCU e cobra agilidade em investigação sobre cartão corporativo de Bolsonaro

‘A sociedade já está há muito tempo esperando uma satisfação’, argumenta Elias Vaz (PSB-GO); o processo é relatado pelo recém-empossado Antonio Anastasia

Foto: Sergio Lima/AFP
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O deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) protocolou uma petição no Tribunal de Contas da União em que pede agilidade ao ministro Antonio Anastasia em um processo de auditoria sobre os gastos do presidente Jair Bolsonaro com cartões corporativos.

Uma Proposta de Fiscalização e Controle de autoria de Vaz deu origem ao processo 012.915/2021-1, ainda no ano passado. O caso era relatado pelo ministro Raimundo Carreiro, agora aposentado. O novo relator é o recém-empossado Antonio Anastasia.

“A sociedade já está há muito tempo esperando uma satisfação. Os gastos do cartão corporativo de Bolsonaro superam os de outros presidentes e estão altíssimos, batendo na casa de 30 milhões de reais com a correção da inflação. E o presidente mantém tudo em segredo, contrariando inclusive as críticas que fazia quando era deputado. Esperamos que o TCU apresente o resultado do trabalho de forma mais célere à população”, argumenta Vaz.

Com a nova petição apresentada ao TCU, o deputado cobra acesso à auditoria e diz que “o processo não deveria correr sob sigilo, até porque já existe decisão do STF sobre a necessidade de transparência nos gastos da Presidência com cartão corporativo”.

Nesta semana, o Tribunal abriu outro processo para apurar os gastos de Bolsonaro com cartões corporativos. A decisão acolhe um pedido apresentado pelo senador Fabiano Contarato (PT-ES).

Faltando um ano para o fim de sua gestão, Bolsonaro já gastou 29,6 milhões de reais, montante cerca de 19% superior ao registrado pela ex-presidenta Dilma Rousseff e por Michel Temer entre 2015 e 2018, conforme revelou o jornal O Globo.

Somente em 2021, as despesas chegaram a 11,8 milhões de reais, o maior valor dos últimos sete anos. Em dezembro, os cartões exclusivos da família presidencial foram usados em compras que somaram 1,5 milhão de reais, valor mais elevado para um único mês dos três anos da atual administração.

Segundo Contarato, “a atual gestão vem utilizando os cartões corporativos de modo indiscriminado e com pouca responsabilidade fiscal, o que contrasta com a grave situação em que vivem as contas públicas do governo federal”.

O processo também terá a relatoria do ministro Antonio Anastasia.

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