Economia
Depois de Lula, Bolsonaro critica política de preços da Petrobras e acena para mudança
‘Tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional’, declarou
O presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta segunda-feira 7, a política de preços da Petrobras e disse que terá uma reunião ainda hoje para discutir o tema.
“Agora, tem uma legislação errada feita lá atrás que você tem a paridade com o preço internacional, ou seja, o que é tirado do petróleo, leva-se em conta o preço fora do Brasil, isso não pode continuar acontecendo”, afirmou o presidente em entrevista à rádio Folha, de Roraima. “Estamos vendo isso aí sem mexer, sem nenhum sobressalto no mercado, e está sendo tratado hoje à tarde em mais uma reunião”.
A declaração veio em meio à invasão da Ucrânia pela Rússia. O Brasil, que já enfrentava uma alta no preço dos combustíveis, deve sofrer ainda mais os efeitos, já que os russos são um dos maiores produtores de petróleo do mundo.
“Nós somos autossuficientes em petróleo. Vamos buscar uma solução”, declarou o ex-capitão, que anteriormente culpava as taxas de ICMS cobradas pelos estados pelo valor alto.
Bolsonaro defendeu ainda que toda alta do preço do barril de petróleo não seja repassada ao consumidor.
“Se você for repassar isso tudo para o preço dos combustíveis, você tem que dar um aumento em torno de 50% nos combustíveis, não é admissível você fazer. A população não aguenta uma alta por esse percentual aqui no Brasil”, disse.
A declaração do presidente acontece após posicionamento do ex-presidente Lula. O petista tem dito que, se eleito, revisará a paridade internacional.
“A gente está pagando gasolina e diesel a preço do dólar. Isso seria compreensível se o Brasil não fosse autossuficiente. Mas o Brasil tem petróleo, é autossuficiente”, afirmou Lula em entrevista à Rede de Rádios do Paraná.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Muita gente esqueceu o que escreveu, disse ou defendeu. Nós não. O compromisso de CartaCapital com os princípios do bom jornalismo permanece o mesmo.
O combate à desigualdade nos importa. A denúncia das injustiças importa. Importa uma democracia digna do nome. Importa o apego à verdade factual e a honestidade.
Estamos aqui, há 30 anos, porque nos importamos. Como nossos fiéis leitores, CartaCapital segue atenta.
Se o bom jornalismo também importa para você, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal de CartaCapital ou contribua com o quanto puder.



