Política

Demóstenes Torres renuncia à liderança do DEM no Senado

Segundo senador, decisão é para “acompanhar a evolução dos fatos anunciados nos últimos dias”, que apontam sua relação com o bicheiro Carlinhos Cachoeira

O senador Demóstenes Torres (DEM-GO). Foto: Antonio Cruz/ABr
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Em meio a suspeitas de envolvimento com operações de jogos ilegais do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres renunciou ao cargo de líder do DEM no Senado. Ele informou a decisão em carta enviada a José Agripino Maia, senador e presidente do partido.

No curto comunicado, Torres diz que a decisão ocorreu para que pudesse “acompanhar a evolução dos fatos anunciados nos últimos dias”, que apontam a intercepção pela Polícia Federal de quase 300 telefonemas dele com Cachoeira.

Os senadores do DEM decidiram na tarde de terça-feira que Agripino volta a ser o líder do partido na Casa.

A situação do demista ficou ainda mais complicada após reportagem de CartaCapital revelar, na sexta-feira 23, que o senador tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170 milhões de reais (Leia mais ).

A reportagem, assinada por Leandro Fortes, mostrou que a Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro com o senador e que o esquema jamais foi encerrado porque os policiais responsáveis pela investigação foram cooptados pelo esquema.

Além disso, e uma ligação interceptada, o senador pede ao empresário 3 mil reais para quitar despesas com um serviço de táxi-aéreo. Além disso, Demóstenes já havia admitido a relação com o bicheiro e ter recebido presentes de casamento dele.

Cachoeira está preso desde o final de fevereiro pela Operação Monte Carlo, da PF, que investiga um esquema de exploração de máquinas caça-níqueis.

Explicações no Senado

O corregedor do Senado e os líderes do PDT e do PSB na Casa se somaram nesta terça-feira às vozes que pedem à Procuradoria Geral da República informações sobre o possível envolvimento de Torres e alguns deputados com Cachoeira.

Em entrevista pela manhã, o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), informou que vai enviar novo pedido de esclarecimentos sobre o caso ao procurador-geral, Roberto Gurgel, que não se manifestou sobre o primeiro, protocolado na terça-feira 20.

Segundo Pinheiro, Gurgel ignorou a primeira representação e, por isso, os senadores estudam a possibilidade de protocolar uma representação contra o procurador-geral no Conselho Nacional do Ministério Público, em caso de nova negativa. “Vamos dar entrada hoje na nova representação e se possível cobrar do procurador nas próximas 48 horas uma resposta à nossa petição.”

Já o Corregedor do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), confirmou ter enviado a Gurgel solicitação para ter acesso a relatório da Polícia Federal que supostamente registra conversas entre Demóstenes e Cachoeira, preso em fevereiro acusado de bancar o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis.

Neste cenário, o DEM já estuda uma possível expulsão de Demóstenes do partido, caso o senador passe a ser investigado pela PGR.

Com informações da Agência Senado.

Em meio a suspeitas de envolvimento com operações de jogos ilegais do bicheiro Carlinhos Cachoeira, Demóstenes Torres renunciou ao cargo de líder do DEM no Senado. Ele informou a decisão em carta enviada a José Agripino Maia, senador e presidente do partido.

No curto comunicado, Torres diz que a decisão ocorreu para que pudesse “acompanhar a evolução dos fatos anunciados nos últimos dias”, que apontam a intercepção pela Polícia Federal de quase 300 telefonemas dele com Cachoeira.

Os senadores do DEM decidiram na tarde de terça-feira que Agripino volta a ser o líder do partido na Casa.

A situação do demista ficou ainda mais complicada após reportagem de CartaCapital revelar, na sexta-feira 23, que o senador tinha direito a 30% da arrecadação geral do esquema de jogo clandestino comandado pelo bicheiro – e que movimentou, em seis anos, 170 milhões de reais (Leia mais ).

A reportagem, assinada por Leandro Fortes, mostrou que a Polícia Federal tem conhecimento, desde 2006, das ligações do bicheiro com o senador e que o esquema jamais foi encerrado porque os policiais responsáveis pela investigação foram cooptados pelo esquema.

Além disso, e uma ligação interceptada, o senador pede ao empresário 3 mil reais para quitar despesas com um serviço de táxi-aéreo. Além disso, Demóstenes já havia admitido a relação com o bicheiro e ter recebido presentes de casamento dele.

Cachoeira está preso desde o final de fevereiro pela Operação Monte Carlo, da PF, que investiga um esquema de exploração de máquinas caça-níqueis.

Explicações no Senado

O corregedor do Senado e os líderes do PDT e do PSB na Casa se somaram nesta terça-feira às vozes que pedem à Procuradoria Geral da República informações sobre o possível envolvimento de Torres e alguns deputados com Cachoeira.

Em entrevista pela manhã, o líder do PT, Walter Pinheiro (BA), informou que vai enviar novo pedido de esclarecimentos sobre o caso ao procurador-geral, Roberto Gurgel, que não se manifestou sobre o primeiro, protocolado na terça-feira 20.

Segundo Pinheiro, Gurgel ignorou a primeira representação e, por isso, os senadores estudam a possibilidade de protocolar uma representação contra o procurador-geral no Conselho Nacional do Ministério Público, em caso de nova negativa. “Vamos dar entrada hoje na nova representação e se possível cobrar do procurador nas próximas 48 horas uma resposta à nossa petição.”

Já o Corregedor do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), confirmou ter enviado a Gurgel solicitação para ter acesso a relatório da Polícia Federal que supostamente registra conversas entre Demóstenes e Cachoeira, preso em fevereiro acusado de bancar o jogo do bicho e máquinas caça-níqueis.

Neste cenário, o DEM já estuda uma possível expulsão de Demóstenes do partido, caso o senador passe a ser investigado pela PGR.

Com informações da Agência Senado.

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