O delegado da Polícia Federal Bruno Calandrini, que cuida da investigação sobre um suposto esquema de corrupção na gestão do ex-ministro da Educação Milton Ribeiro, vai deixar o grupo da PF de Brasília responsável pelas investigações contra políticos com foro privilegiado, conhecido como Cinq (Coordenação de Inquéritos).
De acordo com a PF, Calandrini já havia pedido para deixar o grupo no início do mês de maio, antes da deflagração da operação que resultou na prisão de Milton Ribeiro. A sua saída foi autorizada com a condição de que ele continue à frente desse inquérito.
“Após tratativas iniciadas ainda no mês de maio do corrente ano, no dia 15/6/2022 houve a movimentação formal do DPF Calandrini para a DRCC/CGFAZ/DICOR/PF, onde irá coordenar a Unidade Especial de Investigação de Crimes Cibernéticos”, disse a PF, em nota.
A PF afirmou ainda que Calandrini permanecerá à frente do inquérito sobre as irregularidades no MEC e de outros casos relacionados ao Cinq nos quais ele já havia atuado.
Na semana passada, após a deflagração da operação, Calandrini enviou uma mensagem a colegas afirmando que houve interferência da cúpula da PF no caso, depois que não foi autorizada a transferência de Milton Ribeiro de São Paulo para Brasília.
Ele também foi responsável por solicitar a inclusão do ministro da Economia Paulo Guedes como investigado em um inquérito sobre desvios no fundo de pensão dos Correios, o Postalis.
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