Política

Delegado da PF pediu divulgação integral do inquérito que investiga ataque do PCC contra Moro

O procedimento diz respeito à operação da PF que prendeu nove suspeitos de fazerem parte de um plano que tinha como alvo autoridades públicas

Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O delegado da Polícia Federal Martin Bottaro Pupper solicitou, nesta quinta-feira 23, o levantamento do sigilo de inquérito, conduzido por ele, que investigava planos do PCC de atacar o senador Sergio Moro. 

A informação é da jornalista Bela Megale, do O Globo. 

Após o pedido de tornar públicos os fatos apurados pela investigação, a juíza Gabriela Hardt, da 9ª Vara Federal de Curitiba, entendeu que a divulgação de todos os documentos do procedimento poderia colocar em risco as vítimas e investigados e liberou o acesso a apenas parte do inquérito. 

O pedido da PF de divulgar os documentos da investigação foi feito após declaração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que cogitava que os planos de ataque contra Moro poderiam ser uma armação do ex-juiz. 

“A retirada do sigilo do processo foi um pedido do delegado que conduz as investigações protocolado nos autos às 14 horas de ontem (23 de março). Contudo, por cautela, a juíza federal designada para atuar no caso, entendeu melhor manter o nível de sigilo 1, por segurança dos investigados e vítimas, autorizando a divulgação apenas das representações policiais e das decisões que autorizaram as prisões e as buscas, bem como o termo de audiência de custódia”, afirmou a Justiça Federal do Paraná por de nota.

Nesta sexta-feira, o ministro da Secretaria de Comunicação da Presidência, Paulo Pimenta, criticou a juíza Gabriela Hardt nas redes sociais por levantar o sigilo de parte dos documentos sobre a ação.

Segundo o ministro, ela estaria “expondo as investigações e, consequentemente, atrapalhando-as, já que as apurações seguem em curso e tratam de um tema sensível, que é o das organizações criminosas”.

Ainda conforme informações colhidas pela jornalista, a divulgação de parte das investigações teria irritado o alto escalão da Polícia Federal. 

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