Delator de Aécio Neves e Edison Lobão é encontrado morto no Rio

Henrique Valladares era executivo na empreiteira Odebrecht e relatou esquema de propina à Operação Lava Jato

Foto: Reprodução

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O ex-executivo da empreiteira Odebrecht Henrique Valladares foi encontrado morto na terça-feira 17, no apartamento onde morava, no Leblon, bairro da zona sul do Rio de Janeiro. O empresário delatou, à Operação Lava Jato, o deputado federal Aécio Neves (PSDB-MG) e o ex-senador Edison Lobão (MDB-MA) por supostas propinas.

De acordo com a Polícia Civil do Rio, o corpo já passou pelo Instituto Médico Legal (IML) e a causa da morte é apontada como “indeterminada”. As primeiras investigações indicam que não havia sinais de arrombamento no apartamento, nem evidências de luta.

Valladares foi apontado por demais delatores como negociante de 30 milhões de reais de propina para Aécio Neves atuar em favor dos Projetos do Rio Madeira (Usinas Hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau, em Rondônia), para assim atender aos interesses da empreiteira e também da construtora Andrade Gutierrez.

Segundo Valladares, a empreiteira pagava prestações de 1 milhão a 2 milhões de reais, repassados ao Setor de Operações Estruturadas, uma espécie de departamento de propinas da empresa. O dinheiro, então, era destinado a “Mineirinho”, codinome atribuído ao tucano.

Para Lobão, citado como “Esquálido”, teriam sido pagos 5,5 milhões de reais para a revisão do leilão da usina de Jirau. O valor foi entregue, segundo Valladares, diretamente na casa do filho de Lobão, Márcio Lobão, no Rio.


 

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