Após o advogado do hacker Walter Delgatti Neto dizer que seu cliente esteve em uma reunião com militares para tratar da fiscalização de urnas eletrônicas em 2022, o Ministério da Defesa decidiu acionar a Polícia Federal em busca de providências sobre o caso.
Na quarta-feira 2, Delgatti foi preso em uma operação que investiga a invasão a sistemas da Justiça. A operação também teve como alvo a deputada Carla Zambelli (PL-SP).
Em entrevista à GloboNews, o advogado Ariovaldo Moreira disse que havia uma proposta de trabalho para Delgatti no Ministério da Defesa. “A proposta era de que ele [Delgatti] iria trabalhar no Ministério da Defesa, no sentido de fiscalizar a lisura das urnas“, alegou.
Delgatti, responsável por acessar as mensagens que deram origem à Vaza Jato, foi levado a uma reunião no Ministério da Defesa durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), segundo informou o seu advogado. A agenda contou com as presenças do coronel Marcelo Costa Câmara (então assessor especial da Presidência), do general Paulo Sergio Nogueira de Oliveira (então ministro da Defesa) e do coronel Eduardo Gomes da Silva (atual coordenador de Modernização do Estado).
A reunião, segundo o advogado, tratou de um processo que visava fiscalizar as urnas. Em depoimento à PF, Delgatti disse que recebeu, às vésperas das eleições do ano passado, um pedido de Zambelli para tentar invadir os equipamentos.
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