Defesa diz ao TSE que só entregará relatório sobre as urnas após o 2º turno

Na terça 18, o ministro Alexandre de Moraes determinou que a pasta chefiada por Paulo Sergio Nogueira encaminhasse uma cópia dos documentos

Alexandre de Moraes e Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira. Fotos: Antonio Augusto/TSE/AFP e Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

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O Ministério da Defesa declarou ao Tribunal Superior Eleitoral, nesta quarta-feira 19, que um relatório sobre a fiscalização do processo eleitoral só será entregue após o segundo turno, marcado para 30 de outubro.

Na terça 18, o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, determinou que a pasta chefiada por Paulo Sergio Nogueira de Oliveira entregasse uma cópia dos documentos sobre uma eventual auditoria da eleição. À noite, o general se encontrou fora da agenda com o magistrado.

No documento encaminhado à Corte, divulgado pelo jornal O Globo, a Defesa afirma que “um relatório conclusivo, contemplando toda a extensão da sua atuação, será encaminhado ao TSE ao término do processo”.

“Assim sendo, convém esclarecer que, devido à atual inexistência de relatório, não procede a informação de que ocorreu entrega do suposto documento a qualquer candidato”, acrescenta o ministério, em referência a notícias sobre um suposto compartilhamento de informações com o presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta, Bolsonaro mudou o discurso e sugeriu que não haveria uma auditoria promovida por militares no primeiro turno.

Na noite de 2 de outubro, questionado se “confia” nos resultados divulgados pelo TSE, disse preferir “aguardar o parecer das Forças Armadas, que ficaram presentes hoje na sala-cofre”.


“Olha, as Forças Armadas não fazem auditoria. Lançaram equivocadamente… A Comissão de Transparência Eleitoral não tem essa atribuição. Então, furada, fake news”, alegou Bolsonaro, nesta quarta, em contato com jornalistas no Palácio da Alvorada.

Ante a insistência de um repórter, emendou: “Você está botando na minha boca agora? Não bota na minha conta, não”.

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