Após a exibição, nesta terça-feira 12, da gravação da reunião ministerial – apontada pelo ex-ministro Sérgio Moro como uma das provas de que Jair Bolsonaro queria interferir politicamente na Polícia Federal -, a defesa de Moro pede para que o ministro Celso de Mello libere, na íntegra, o conteúdo mostrado.
Ao contrário do que afirmou o Procurador-Geral da República Augusto Aras, que pediu para que o Supremo Tribunal Federal reconsiderasse a divulgação da transcrição do vídeo, os advogados de Moro afirmam que não há “menção a nenhum tema sensível à segurança nacional” que poderia impedir a divulgação.
Os advogados estiveram juntos ao cliente na exibição única promovida, hoje, pela Polícia Federal em Brasília. Além deles, estavam presentes, também, os procuradores da República que já acompanham o caso – João Paulo Lordelo Guimarães Tavares, Antonio Morimoto e Hebert Reis Mesquita.
Além de refutarem o teor de que o vídeo conteria assuntos sensíveis à nação, a defesa de Moro afirmou que “o material confirma integralmente as declarações do ex-ministro Sérgio Moro na entrevista coletiva de 24 de abril e no depoimento prestado á PF em 2 de maio”. Dessa forma, eles atestam de que o vídeo contém provas de que Bolsonaro visava intervir politicamente na corporação ao insistir na troca de comando.
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