A defesa do tenente-coronel Mauro Cid, braço direito do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), pediu ao Supremo Tribunal Federal a revogação de sua prisão preventiva, decretada pelo ministro Alexandre de Moraes no âmbito da investigação sobre fraudes em dados de vacinação.
O argumento é de que medidas cautelares podem ser impostas em detrimento da prisão, a exemplo de recolhimento domiciliar noturno, probição de contato com outros investigados e entrega do passaporte.
A defesa alega, ainda, não haver risco de descumprimento de eventuais medidas, “a não ser que consideremos que o Exército brasileiro poderia ser conivente com o descumprimento de uma ordem do STF, o que, por óbvio, ocasionaria uma completa ruptura institucional, algo completamente inconcebível do Estado democrático de Direito da República do Brasil”.
Na quinta-feira 18, Cid ficou em silêncio durante depoimento na sede da Polícia Federal em Brasília. Na oitiva, ele deveria explicar sua participação no esquema de falsificação de dados de cartões de vacinação no sistema do Ministério da Saúde.
Horas depois, após visitar o Senado, Bolsonaro tentou se distanciar do aliado. “Não tenho conversado com ele. Está em segredo de justiça isso aí. Vi agora que ele ficou em silêncio. Isso é ele com o advogado dele”, afirmou o ex-capitão a jornalistas. “Excelente oficial do Exército brasileiro. Ele fez o melhor de si. Peço a Deus que não tenha errado. E que cada um siga a sua vida.”
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