Política
Defesa de general preso por plano golpista pede a Moraes a revogação da prisão
Fernandes foi preso no último dia 19 de novembro em uma operação da Polícia Federal
A defesa do general Mário Fernandes, apontado como o idealizador do plano para matar o presidente Lula (PT) e o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), pediu ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, revogação da prisão preventiva.
Fernandes foi preso no último dia 19 de novembro em uma operação da Polícia Federal. O general foi o “número 2” da Secretaria-Geral da Presidência da República durante o governo de Jair Bolsonaro (PL).
A defesa alega “absoluta inexistência dos requisitos da prisão preventiva” e sugere que sejam aplicadas medidas cautelares alternativas. Os advogados ainda citam o suposto “histórico de excelentes serviços prestados ao país ao longo de sua carreira”.
A PF indiciou o ex-presidente, Fernandes, Braga Netto e mais 34 pessoas sob suspeita dos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado e organização criminosa.
A avaliação dos investigadores é que o grupo, sob a liderança de Bolsonaro, criou, desenvolveu e disseminou desinformação sobre o sistema eleitoral desde 2019, primeiro ano do governo anterior. A ideia era se proteger em uma eventual derrota de Bolsonaro nas urnas e construir a base construir a base para os atos que ocorreram após a vitória de Lula em outubro de 2022.
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