Apoiadores de Juan Guaidó, parlamentar opositor ao presidente Nicolás Maduro na Venezuela, deixaram o prédio da embaixada do país vizinho em Brasília por volta das 17h30, pela porta dos fundos.
Durante a saída dos seguidores de Guaidó, houve tumulto e atuação da Polícia Militar com spray de pimenta contra os manifestantes que se opuseram à invasão do prédio.
Os ocupantes saíram do terreno saíram do local em um micro-ônibus, escoltado por viaturas policiais. Estima-se que 14 pessoas que invadiram o espaço às 5 da manhã desta quarta-feira 13 e por lá permaneceram por aproximadamente treze horas.
Representantes da diplomacia do governo Maduro, como o chanceler Jorge Arreaza e os integrantes do Consulado da Venezuela no Rio de Janeiro, rechaçaram a atuação dos defensores de Guaidó.
Durante o dia, parlamentares da oposição, como os deputados Paulo Pimenta (PT-RS), Gleisi Hoffmann (PT-PR) e Glauber Braga (PSOL-RJ), além de lideranças de movimentos sociais, repudiaram a ação dos invasores.
Nas redes sociais, Braga publicou um vídeo em que celebra a saída dos apoiadores de Guaidó. O deputado os chamou de “golpistas” e afirmou que o ocorrido tem relação com articulações do governo dos Estados Unidos.
VITÓRIA!
Os agentes invasores de Guaidó já se encontram fora da Embaixada. Tiveram que sair pelos fundos. Não podemos aceitar como natural esse tipo de ação da direita. Viva a soberania do povo venezuelano! #Equipe pic.twitter.com/hGjzszLUn5
— Glauber Braga (@Glauber_Braga) November 13, 2019
“Eles tentaram trazer a fotinho de Guaidó para colocar aqui dentro, só que tiveram que sair por trás. Não puderam sair pela frente da embaixada, por um motivo muito simples. No dia de hoje, a resistência militante, em defesa da soberania da Venezuela, disse em alto e bom som: senhor Trump, senhor Guaidó, tirem as mãos da América Latina”, disse o deputado.
No dia da ocupação da embaixada, chegaram ao Palácio do Planalto os presidentes dos países que compõem o bloco dos BRICS, Xi Jinping (China), Vladimir Putin (Rússia), Narendra Modi (Índia) e Cyril Ramaphosa (África do Sul).
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