Política
De saída do governo, Cida Gonçalves diz estar ‘leve’ e nega falta de entregas
A nomeação de Márcia Lopes marca a a 12ª troca na Esplanada sob Lula 3


De saída do Ministério das Mulheres, Cida Gonçalves (PT) negou nesta segunda-feira 5 que sua demissão se deva a uma falta de entregas ou a denúncias de assédio moral na pasta. Segundo ela, a mudança na pasta representa uma “troca de rumo, de momentos”.
Ao lado de sua sucessora, Márcia Lopes, Cida se disse “leve” e projetou uma continuidade nos trabalhos do ministério. “Não é uma troca por incompetência, por assédio, por rixa. Não é isso”, afirmou. Ela ainda descartou a possibilidade de ocupar um novo posto no governo.
Os supostos casos de assédio aos quais Cida fez referência foram revelados pelo jornal O Estado de S. Paulo, mas o processo não prosperou na Comissão de Ética Pública.
“Foi arquivado o processo na Comissão de Ética. Apesar de isso estar sendo dito permanentemente, isso foi arquivado. Não existe. Não temos denúncia no Ministério das Mulheres. Portanto, isso é tranquilo, tanto para mim quanto para o presidente”, acrescentou Cida.
A troca no Ministério das Mulheres foi oficializada pelo Palácio do Planalto na manhã desta segunda. É a 12ª substituição na Esplanada sob Lula 3. Lopes, a nova ministra, é assistente social de formação e já foi chefe do Ministério do Desenvolvimento Social, em 2010.
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