Política
Datena é vaiado por apoiadores de Bolsonaro em ato com Tarcísio de Freitas
O episódio ocorreu durante o Encontro Regional da legenda realizado no último sábado 9 em Rio Preto (SP)


O apresentador José Luiz Datena (PSC), que é pré-candidato ao Senado por São Paulo, foi vaiado em um evento do Republicanos com a participação do ex-ministro da Infraestrutura Tarcísio de Freitas, pré-candidato ao governo de São Paulo. O episódio ocorreu durante o Encontro Regional da legenda realizado no último sábado 9 em Rio Preto (SP). O objetivo do evento era apresentar a chapa de Tarcísio no Estado.
As vaias a Datena vieram de apoiadores do presidente Jair Bolsonaro (PL). Ao ser anunciado, ele foi aplaudido por quem estava no palco, como Tarcísio e o presidente do Republicanos, o deputado federal Marcos Pereira. Pela plateia, contudo, foi recebido de forma hostil.
Recentemente, o apresentador disse ao UOL que nunca apoiou Bolsonaro e que não votou em ninguém na eleição de 2018. “A última pessoa em quem votei foi em Lula”, disse ele ao portal, em fevereiro.
Após o ocorrido, Marcos Pereira foi às redes sociais celebrar a realização do evento. Sem citar as vaias a Datena, ele afirmou que o encontro foi o “termômetro inicial de tudo que pretendemos mostrar neste ano de 2022”.
“Se alguém ainda tinha dúvidas de que o nosso projeto para São Paulo é competitivo, então não tem mais. O Encontro Regional do Republicanos realizado neste sábado, em Rio Preto (SP), ficará marcado como o primeiro grande evento estadual que reuniu o nosso pré-candidato ao governo de São Paulo, Tarcísio de Freitas e o pré-candidato ao Senado, José Luiz Datena. Foi o termômetro inicial de tudo que pretendemos mostrar neste ano de 2022”, publicou.
Apoiado pelo chefe do Executivo, Tarcísio de Freitas será o palanque bolsonarista no estado de São Paulo. Após ser vaiado, Datena comentou o episódio em seu programa de rádio. “Se me torrarem muito a paciência, eu saio chapa pura, sem apoiar governador, sem apoiar presidente da República, e faço minha campanha com celular”, disse.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.