Política
Datafolha: 41% aprovam o governo Tarcísio, mas reprovação dobra em 2 anos
O instituto entrevistou 1.500 pessoas em 81 cidades de São Paulo entre 1º e 3 de abril. A margem de erro é de três pontos
A gestão do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), é vista como ótima ou boa por 41% dos paulistas, segundo uma pesquisa Datafolha divulgada nesta quinta-feira 10. Outros 22% a avaliam como ruim ou péssima e 33% como regular, enquanto 4% afirmam não saber.
Em abril de 2023, o índice de aprovação de Tarcísio era de 44%. Já a reprovação era metade da atual: 11%. Outros 39% definiam a gestão como regular e 6% diziam não saber.
Para a sondagem divulgada nesta quinta, o Datafolha entrevistou 1.500 pessoas em 81 cidades de São Paulo entre 1º e 3 de abril. A margem de erro é de três pontos percentuais.
De acordo com o instituto, a situação de Tarcísio é pior que a de outros ocupantes do Palácio dos Bandeirantes em períodos semelhantes de gestão. Geraldo Alckmin (PSB), atual vice-presidente da República, chegou aos dois anos e cinco meses de seu segundo governo (em 2013, pelo PSDB) com 52% de aprovação e 15% de reprovação. O tucano José Serra, por sua vez, tinha 53% e 11%, respectivamente, em 2009.
Quando questionados sobre o trabalho do ex-ministro da Infraestrutura de Jair Bolsonaro (PL) como governador, 61% dos entrevistados dizem aprovar, enquanto 33% desaprovam e 6% não sabem opinar. A aprovação é maior entre homens de 60 anos ou mais (66%) do que entre mulheres (56%), segmentos com margem de erro de quatro pontos.
No recorte de religião, Tarcísio se sai melhor entre os evangélicos: 71% aprovam seu trabalho e 23% o desaprovam, em sondagem cuja margem de erro é de cinco pontos. No grupo com ensino superior, 53% aprovam o trabalho dele e 44% desaprovam. Entre eleitores com ensino fundamental, o índice de aprovação é de 66% e o de reprovação, de 29%.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
Alvo de representação na PGR, deputado pede desculpas por desejar a morte de Lula
Por Wendal Carmo
Datafolha: Isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil tem apoio de 70% dos brasileiros
Por CartaCapital