Política
Datafolha: 40% dos eleitores de Boulos se dizem comprometidos; Nunes vai a 16%
O instituto também leva em conta dois outros tipos de eleitores: os inclinados e os distantes


Resultados da mais recente pesquisa Datafolha divulgados nesta sexta-feira 20 apontam que Guilherme Boulos (PSOL) é o candidato a prefeito de São Paulo com o maior percentual dos chamados eleitores comprometidos.
Eleitores comprometidos são aqueles que mencionam espontaneamente sua opção de voto, confirmam seu nome preferido na relação de candidaturas apresentadas, consideram seu candidato o nome ideal para votar e estão altamente motivados para votar em outubro.
Segundo o instituto, 40% dos eleitores de Boulos se dizem comprometidos, enquanto Pablo Marçal (PRTB) tem 30% e Ricardo Nunes (MDB) marca 16%. Aparecem na sequência Tabata Amaral (PSB), com 14%, e José Luiz Datena (PSDB), com 4%.
A pesquisa considera também dois outros tipos de eleitores:
- os inclinados, que não preenchem alguns requisitos dos comprometidos – por exemplo, avaliam que sua escolha resulta da falta de opções ou não estão altamente motivados para votar; e
- os distantes, que não mencionaram o nome de seu candidato espontaneamente, o escolhem por falta de melhor opção e não apontam alta motivação para votar.
Confira os resultados sobre o grau de afinidade dos eleitores com os três principais candidatos:
Ricardo Nunes
- Eleitores comprometidos: 16%
- Eleitores distantes: 26%
- Eleitores inclinados: 58%
Guilherme Boulos:
- Eleitores comprometidos: 40%
- Eleitores distantes: 9%
- Eleitores inclinados: 51%
Pablo Marçal:
- Eleitores comprometidos: 30%
- Eleitores distantes: 16%
- Eleitores inclinados: 54%
O Datafolha entrevistou 1.204 eleitores entre a terça-feira 17 e a quinta 19. A margem de erro é de três pontos percentuais, com um nível de confiança de 95%. O registro no Tribunal Superior Eleitoral da pesquisa, contratada pela Folha de S.Paulo e pela TV Globo, é SP-03842/2024.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também

Justiça manda PM liberar acesso a todos os processos contra Mello Araújo, vice de Nunes
Por CartaCapital
Marçal admite ter feito ‘cena’ após cadeirada: ‘Nem precisava daquela ambulância’
Por CartaCapital
Bolsonaro critica Marçal e diz que entende Datena por cadeirada em debate
Por Wendal Carmo