Política
Datafolha: 39% avaliam que Bolsonaro não fez nada de positivo em 6 meses
Já o decreto de armas aparece como a pior atitude tomada pelo governo
A mais recente pesquisa do Datafolha, divulgada nesta segunda-feira 22, mostra que o presidente Jair Bolsonaro continua sendo o presidente em primeiro mandato com a pior avaliação desde a criação da pesquisa. Para 39% dos entrevistados, o presidente não fez nada de muito positivo ou que mereça destaque em seus seis meses de governo.
Fazendo um recorte no resultado, o percentual sobe para 45% entre mulheres e pessoas com apenas o ensino fundamental, para 46% entre negros, para 47% no Nordeste, para 52% entre adeptos de religiões de matrizes africanas e para 76% entre quem avalia o governo como ruim ou péssimo.
Já 19% dos entreviados não souberam responder o que Bolsonaro fez de melhor nesse período. 16% citaram outros como opção, 8% segurança, 7% reforma da previdência, 4% fim da corrupção, 2% política externa e 1% ministros, Bolsa Família, fim do horário de verão, nomeação do Moro e rodovias.
O levantamento aconteceu nos dias 4 e 5 de julho e ouviu ouviu 2.860 pessoas com mais de 16 anos, em 130 cidades. Os entrevistados foram incitados a responderem livremente, sem dadas as opções.
O que Bolsonaro fez de pior?
Por outro lado, quando questionados o que Bolsonaro teria feito de pior, 21% dos entrevistados citaram o decreto de armas, assinado por Bolsonaro em maio deste ano. A reforma da previdência foi selecionado como a pior atitude do governo para 12%.
Outros 3% elegeram os cortes de verbas na educação e 1% citaram racismo ou homofobia e aumento do desemprego, entre outras respostas.
CartaCapital
Há 31 anos, a maior referência progressista em jornalismo no Brasil.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
