Damares defende Bolsonaro em caso Marielle: “Chora, pessimista! Estamos no poder!”

'Com o meu presidente, não!', grita Damares durante cerimônia no Rio de Janeiro

Apoie Siga-nos no

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, fez um discurso enfático de defesa de Jair Bolsonaro em relação a um suposto envolvimento da família do presidente com o assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes. “Chora, pessimista! Estamos no poder!”, exalta a ministra enquanto é aplaudida.

A fala de Damares foi feita na entrega da Medalha Tiradentes, uma homenagem da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro. O pedido foi feito pelos deputados estaduais Rosane Felix (PSD) e Rodrigo Amorim (PSL). “Divido essa medalha com uma família que hoje está em Brasilia destroçada, chorando”, diz Damares. Ela compartilhou o vídeo de seu discurso nas redes sociais.


Damares acusa que a reportagem veiculada pela Rede Globo, que aponta que um dos suspeitos de assassinar Marielle e Anderson foi visitar a casa de Jair Bolsonaro em um condomínio no Rio de Janeiro, é resultado de uma mídia “ingrata” e “extremista”.

 

“A mídia inventou que o meu presidente… com o meu presidente não! Com Jair Bolsonaro não! Basta!”, grita. “Um homem que está lá porque foi Deus que o colocou lá”, completa Damares. A ministra também é pastora evangélica e destaca números referentes a diminuição nos índices de homicídio em 2019, além de falar que o abuso sexual “está acabando” no País.

Na noite anterior, Damares Alves já havia defendido Bolsonaro e relatou que o presidente era um “gigante com coração de criança”. Na live publicada por Bolsonaro após a reportagem do Jornal Nacional, ele ataca a imprensa e sugere que poderia deixar de renovar a concessão pública da Rede Globo por conta da publicação da reportagem.

O ministro da Justiça, Sérgio Moro, enviou ofício à Procuradoria Geral da República (PGR) solicitando a abertura de inquérito para que o Ministério Público Federal e a Polícia Federal conduzam a investigação acerca do nome do presidente Bolsonaro no caso da morte da vereadora Marielle Franco, ocorrida em março de 2018.

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.