O procurador federal Deltan Dallagnol, um dos protagonistas dos vazamentos de mensagens de membros da Operação Lava Jato, afirmou que não irá comparecer à sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da casa, pela qual foi convidado a comparecer nessa terça-feira 9 para uma audiência pública sobre o caso.
Em ofício enviado nesta segunda-feira 8, Dallagnol afirma “sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional”, mas, como um membro do Ministério Público, coloca-se em um papel distinto daquele de Moro, que tem ligações com o Poder Executivo como ministro e que depôs na Comissão de Constituição e Justiça da Casa no último dia 2.
“Diante disso, muito embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade não reconhecemos, e que
vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato”, disse o procurador no documento enviado ao presidente da Comissão, deputado Helder Salomão (PT-ES).
O posicionamento do Ministério Público Federal e da força-tarefa da Lava Jato, no geral, tem sido de negar a veracidade das mensagens reveladas pelo site The Intercept e condená-las como frutos de um ataque hacker ilegal.
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