Dallagnol diz que não irá à Câmara dar explicações sobre ‘Vaza Jato’

'Acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa', escreveu o procurador

Apoie Siga-nos no

O procurador federal Deltan Dallagnol, um dos protagonistas dos vazamentos de mensagens de membros da Operação Lava Jato, afirmou que não irá comparecer à sessão da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da casa, pela qual foi convidado a comparecer nessa terça-feira 9 para uma audiência pública sobre o caso.

Em ofício enviado nesta segunda-feira 8, Dallagnol afirma “sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional”, mas, como um membro do Ministério Público, coloca-se em um papel distinto daquele de Moro, que tem ligações com o Poder Executivo como ministro e que depôs na Comissão de Constituição e Justiça da Casa no último dia 2.

“Diante disso, muito embora tenha sincero respeito e profundo apreço pelo papel do Congresso Nacional nos debates de natureza política que realiza e agradeça o convite para neles participar, acredito ser importante concentrar na esfera técnica minhas manifestações sobre mensagens de origem criminosa, cuja veracidade e autenticidade não reconhecemos, e que
vêm sendo usadas para atacar a Operação Lava Jato”, disse o procurador no documento enviado ao presidente da Comissão, deputado Helder Salomão (PT-ES).

O posicionamento do Ministério Público Federal e da força-tarefa da Lava Jato, no geral, tem sido de negar a veracidade das mensagens reveladas pelo site The Intercept e condená-las como frutos de um ataque hacker ilegal.


Leia também

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Um minuto, por favor…

O bolsonarismo perdeu a batalha das urnas, mas não está morto.

Diante de um país tão dividido e arrasado, é preciso centrar esforços em uma reconstrução.

Seu apoio, leitor, será ainda mais fundamental.

Se você valoriza o bom jornalismo, ajude CartaCapital a seguir lutando por um novo Brasil.

Assine a edição semanal da revista;

Ou contribua, com o quanto puder.