Política

CUT lança “aposentômetro” para alertar sobre as perdas na Previdência

Desenvolvida pelo Dieese, a calculadora revela quando o trabalhador terá direito a se aposentar, caso seja aprovada a proposta de Temer

A reforma do governo Temer aumenta a idade mínima da aposentadoria de mulheres para 65 anos
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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) lançou, na terça-feira 21, o “aposentômetro”, uma calculadora desenvolvida por técnicos do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) para ajudar o contribuinte a descobrir com que idade poderão se aposentar, caso seja aprovada a Reforma da Previdência apresentada pelo governo Temer.

A proposta eleva a idade mínima da aposentadoria para 65 anos, tanto para homens quanto para mulheres, além de igualar os trabalhadores do campo e da cidade. Aumenta, ainda, o tempo de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social de 15 para 25 anos.

Na avaliação de dirigentes da CUT, o conjunto de medidas proposto pelo governo impõe tantas dificuldades e restrições que praticamente inviabiliza que amplas parcelas de trabalhadores e trabalhadoras consigam se aposentar. “Temer não quer reformar a Previdência, quer acabar com ela”, afirma Vagner Freitas, presidente da central sindical.

Reprodução A ferramenta foi desenvolvida pelo Dieese (Reprodução)Para usar a calculadora, basta acessar o site do “aposentômetro” e preencher os seguintes dados: sexo, data de nascimento e tempo de contribuição. A ferramenta revela quando o trabalhador terá direito à aposentadoria integral pelas atuais regras e pela Proposta de Emenda Constitucional 287. Também faz o cálculo da aposentadoria por idade e por tempo de contribuição, sempre a indicar o que cada um tem a perder.

 

A CUT espera que a calculadora ajude a alertar os trabalhadores sobre a “perda de direitos” envolvida na Reforma da Previdência de Temer. Com o mote “Reaja agora ou morra trabalhando”, a central deu inicio a um movimento que pretende tomar as ruas do país pela preservação da aposentadoria.

Na verdade, o tema está no radar dos movimentos sindicais há tempos. A Confederação Nacional dos Trabalhadores da Educação (CNTE) planeja uma paralisação nacional para 15 de março, na qual não serão debatidas apenas as condições de trabalho dos educadores, mas também o direito à aposentadoria. “Nossa categoria é composta de 80% de mulheres. Empurrar a idade mínima para 65 anos é terrível especialmente para elas”, afirma Heleno Araújo, presidente da entidade representativa.

Para acessar a calculadora, clique aqui.

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