Política

CUT e TJ-SP firmam acordo e ato do 1º de maio será na Paulista

O prefeito de São Paulo, João Doria, pretendia proibir judicialmente a manifestação

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A Central Única dos Trabalhadores (CUT) firmou acordo no Tribunal de Justiça de São Paulo na manhã deste domingo 30 para garantir a realização de ato político do Dia do Trabalhador na avenida Paulista, no feriado da segunda-feira 1.

O prefeito de São Paulo, João Doria Jr. (PSDB), pretendia proibir judicialmente atos políticos na avenida, mas, em decisão de recurso movido pela CUT, o TJ afirmou que “é preciso dar isonomia à manifestação da CUT e a outras já ocorridas na Av. Paulista, inclusive com a utilização de caminhão de som”, em menção à ausência de objeções do governo municipal em relação a manifestações políticas de outro campo político.

Na tarde do sábado 29, o juiz Emanuel Brandão Filho havia concedido liminar favorável a Doria, impedindo o ato de trabalhadores no local, com a justificativa de que a movimentação feria as normas municipais. O valor da multa estabelecido em caso de descumprimento era de R$ 10 milhões.

A manifestação será o primeiro ato político trabalhista após a greve geral convocada pela CUT e as demais centrais sindicais na sexta-feira 28. Apesar da decisão favorável da justiça, há o temor de que as cenas de violência e repressão policial vistas durante a greve se repitam. Nos protestos que se seguiram ao impeachment de Dilma Rousseff, por exemplo, a PM utilizou balas de borracha, bombas de gás e canhões de água para desmobilizar os atos. 

A mobilização para o ato na esquina com a rua Ministro Rocha Azevedo começa às 12h, e, a partir das 14h, uma caminhada seguirá para a Praça da República, no centro de São Paulo, onde ocorrerão as apresentações culturais.

A CUT anuncia shows de Emicida, Mc Guimê, Leci Brandão, As Bahias e a Cozinha Mineira, Bixiga 70, Ilu Obá De Min, Sinhá Flor, Marquinhos Jaca e Mistura Popular. O lema escolhido para a celebração de 2017 foi “1º de Maio de Resistência”, em referência à luta contra as reformas propostas pelo governo de Michel Temer (PMDB) para a previdência social e direitos trabalhistas.

Com grandes manifestações políticas em todas as capitais brasileiras, a paralisação de 35 milhões de trabalhadores contra as reformas, segundo os organizadores, foi a maior demonstração pública de repúdio ao governo Temer desde o impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff.

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