A Central Única dos Trabalhadores Nacional e centrais sindicais receberam, até a noite desta quinta-feira 20, 166 denúncias de assédio eleitoral em locais de trabalho.
As denúncias foram registradas em dois canais criados para que trabalhadores possam informar a ocorrência de crime cometidos por proprietários e funcionários de gerência.
A lista com as empresas denunciadas foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho. Os relatos apontam que patrões tem constrangido, coagido e ameaçado de demissão funcionários que se negarem a votar em determinado candidato.
Todos os 166 registros alegam exigência de voto em Jair Bolsonaro (PL). Entre as empresas em que os crimes teriam ocorrido estão indústrias, comércios, serviços e agropecuária.
As regiões Sudeste e Sul, respectivamente, lideram o número de denúncias. São Paulo, com 40 ocorrências, Minas Gerais, com 24, e Rio Grande do Sul, com 17 apontamentos, são os três Estados com maior número de denunciados.
Paraná, Santa Catarina e Goiás vêm na sequência neste ranking de assédio eleitoral.
Entre as empresas denunciadas estão a Havan, de propriedade de Luciana Hang, a Ipê, JBS e Grupo Terra Boa.
Desde o primeiro turno das eleições, as centrais sindicais têm atuando de forma conjunta para denunciar e combater o assédio eleitoral, um crime previsto nos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral.
“Todas as denúncias são analisadas pela LBS Advogados, assessoria jurídica da CUT, e, posteriormente, após a identificação da empresa, município, estado e conteúdo para tipificação, são encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal”, explica o advogado Antonio Megale, da LBS.
Veja a lista de empresas denunciadas tabela2
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