Política

CUT e centrais recebem 166 denúncias de assédio eleitoral pró-Bolsonaro; veja a lista

As regiões Sudeste e Sul, respectivamente, lideram o número de denúncias

CUT e centrais recebem 166 denúncias de assédio eleitoral pró-Bolsonaro; veja a lista
CUT e centrais recebem 166 denúncias de assédio eleitoral pró-Bolsonaro; veja a lista
Segundo turno acontece no próximo domingo – Foto: Nelson Jr./ASICS/ TSE Foto: Nelson Jr./ ASICS/ TSE
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A Central Única dos Trabalhadores Nacional e centrais sindicais receberam, até a noite desta quinta-feira 20, 166 denúncias de assédio eleitoral em locais de trabalho. 

As denúncias foram registradas em dois canais criados para que trabalhadores possam informar a ocorrência de crime cometidos por proprietários e funcionários de gerência. 

A lista com as empresas denunciadas foi encaminhada ao Ministério Público do Trabalho. Os relatos apontam que patrões tem constrangido, coagido e ameaçado de demissão funcionários que se negarem a votar em determinado candidato. 

Todos os 166 registros alegam exigência de voto em Jair Bolsonaro (PL). Entre as empresas em que os crimes teriam ocorrido estão indústrias, comércios, serviços e agropecuária. 

As regiões Sudeste e Sul, respectivamente, lideram o número de denúncias. São Paulo, com 40 ocorrências, Minas Gerais, com 24, e Rio Grande do Sul, com 17 apontamentos, são os três Estados com maior número de denunciados. 

Paraná, Santa Catarina e Goiás vêm na sequência neste ranking de assédio eleitoral.

Entre as empresas denunciadas estão a Havan, de propriedade de Luciana Hang, a Ipê, JBS e Grupo Terra Boa. 

Desde o primeiro turno das eleições, as centrais sindicais têm atuando de forma conjunta para denunciar e combater o assédio eleitoral, um crime previsto nos artigos 299 e 301 do Código Eleitoral. 

“Todas as denúncias são analisadas pela LBS Advogados, assessoria jurídica da CUT, e, posteriormente, após a identificação da empresa, município, estado e conteúdo para tipificação, são encaminhadas ao Ministério Público do Trabalho e Ministério Público Federal”, explica o advogado Antonio Megale, da LBS.

Veja a lista de empresas denunciadas tabela2
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