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Cruz Vermelha vai garantir entrada e distribuição de ajuda humanitária na Venezuela

Entidade diz que não aceitará não aceitará “interferência” política em meio à luta entre o governo de Maduro e Juan Guaidó

Bloqueio na fronteira da Venezuela com a Colômbia (Foto: Luis Robayo/AFP)
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A Cruz Vermelha começará em 15 dias a distribuir ajuda humanitária para 650 mil pessoas na Venezuela, informou a instituição nesta sexta-feira 29, advertindo que não aceitará “interferência” política em meio à luta entre o governo de Nicolás Maduro e o líder parlamentar da oposição Juan Guaidó.

“Em um período de aproximadamente 15 dias, estaremos preparados para oferecer ajuda. Esperamos ajudar a 650 mil pessoas a princípio”, disse Francesco Rocca, presidente da Federação Internacional da Cruz Vermelha, em entrevista coletiva em Caracas.

Rocca ressaltou que a organização agirá de acordo com seus princípios de “imparcialidade, neutralidade e independência”, “sem aceitar a interferência de ninguém”.

Em meio à escassez aguda de alimentos básicos e medicamentos, a entrada da ajuda humanitária tornou-se um dos elementos centrais da luta pelo poder entre Maduro e Guaidó, reconhecido como presidente encarregado da Venezuela por mais de 50 países, liderados pelos Estados Unidos.

Ajuda acumulada nas fronteiras

Em 23 de fevereiro, os carregamentos de alimentos e suprimentos médicos administrados por Guaidó e enviados por Washington para a Colômbia e o Brasil foram bloqueados pelo governo socialista em meio a tumultos que deixaram cerca de sete mortos e dezenas de feridos.

Maduro alegou que essas acusações eram uma “desculpa” para uma intervenção militar com o objetivo de derrubá-lo.

Rocca expressou a disposição por parte da Cruz Vermelha de trabalhar com essa ajuda acumulada nas fronteiras da Colômbia e do Brasil com a Venezuela, mas sob as regras da instituição.

“Essa é uma questão muito politizada. Se essa ajuda estiver de acordo com nossas regras e nossos protocolos, é claro que estamos dispostos a distribuí-la”, concluiu.

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