CPMI decide ouvir Gonçalves Dias em 31 de agosto, segundo Arthur Maia

A oitiva do ex-ministro do GSI é uma demanda de bolsonaristas que acusam o governo Lula de ter colaborado com atos golpistas

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante posse de Marco Edson Gonçalves Dias como ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República. Foto: Ricardo Stuckert/PR

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A CPMI do 8 de Janeiro agendou o depoimento do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Gonçalves Dias para 31 de agosto, uma quinta-feira, às 9h. A informação é do presidente da CPMI, o deputado federal Arthur Maia (União-BA).

A convocação do general atende uma reivindicação dos parlamentares bolsonaristas, que tentam emplacar a “tese” de que o governo do presidente Lula (PT) foi omisso ou colaborou para que os atos antidemocráticos ocorressem em Brasília.

A convocação de G Dias se baseia nas imagens reveladas pela CNN Brasil que mostram o então ministro em contato com os invasores do Palácio do Planalto.

Além disso, a convocação ganhou força com a oitiva de Saulo da Cunha, ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência. De acordo com o depoimento, realizado em 1º de agosto, o então ministro teria reconhecido riscos de “problemas” na manhã dos ataques.

Apesar de o depoimento do militar reforçar a estratégia bolsonarista, a base de Lula na CPMI diz que também é favorável à diligência. Parlamentares aliados do presidente, ouvidos pela reportagem, já admitiram a possibilidade de eventuais erros do então ministro naquela ocasião.

Os governistas argumentam, no entanto, que os ataques golpistas já eram articulados antes da posse de G Dias no GSI e que a tese de que o governo estaria por trás dos atos seria uma tática para minimizar a responsabilidade de bolsonaristas no planejamento dos crimes.


Nesta semana, na quinta-feira 24, a CPMI recebe o sargento Luis dos Reis, que teria movimentado 3,3 milhões de reais para o ex-chefe da Ajudância de Ordens Mauro Cid. Reis também é suspeito de ter participado da organização dos ataques golpistas.

A base de Lula ainda reivindica a quebra de sigilo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, a reconvocação de Cid e a adoção de uma investigação sobre o caso das joias.

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