CPI das Fake News liga gabinete de Eduardo Bolsonaro a ataques virtuais

A página Bolsofeios, que direcionava ataques a rivais da família Bolsonaro, tem como registro email utilizado pelo secretário do parlamentar

O deputado federal Eduardo Bolsonaro. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil

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Uma das páginas virtuais ligadas a ataques virtuais contra opositores do presidente Jair Bolsonaro foi criada a partir de um computador localizado na Câmara dos Deputados. As informações são da colunista Constança Rezende, do UOL. Segundo reportagem, a página “Bolsofeios” foi registrada a partir de um telefone utilizado pelo secretário parlamentar do deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), Eduardo Guimarães.

O email de registro da página é o “eduardo.gabinetesp@gmail.com”, endereço utilizado pela assessoria do filho do presidente para a compra de passagens e reserva de hotéis, através da cota parlamentar, como mostra a prestação de contas disponível no site da Câmara dos Deputados.

As informações foram encaminhadas pelo próprio Facebook à CPMI das Fake News no Congresso, depois de um pedido de quebra de sigilo feito pela comissão referente a contas no Instagram.

O deputado Tulio Gadelha (PDT-PE) foi o responsável pela solicitação e a fez com base em depoimento da deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) à Comissão. Em seu depoimento, no dia 4 de dezembro, ela afirmou que a página Bolsofeios era de Guimarães. Ela ainda apresentou um grupo secreto ligado ao “gabinete do ódio” dedicado a organizar ataques a pessoas consideradas rivais da família Bolsonaro. A página Bolsofeios e Guimarães também faziam parte dessa organização.


A página virtual tem publicações contra a jornalista Patrícia Campos Mello e ataques direcionados ao presidente da Câmara,  Rodrigo Maia, ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), além de comparações de ministros do STF e políticos a doenças contagiosas.

A reportagem afirmou ter feito contato com a assessoria do deputado Eduardo Bolsonaro que confirmou o uso do email eduardo.gabinetesp@gmail.com” para atender demandas da imprensa. Eduardo Bolsonaro não comentou o caso.

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